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Crise no PDT nacional deve refletir no Estado e influir na eleição de 2014

A criação do Solidariedade em nível nacional deve fazer um estrago na bancada do PDT na Câmara dos Deputados. Dos 27 deputados, sete estão de saída do partido, incluindo o deputado federal Carlos Manato, que vai comandar provisoriamente o partido no Espírito Santo.

O PDT capixaba tem três federais. Além de Manato, completam a bancada Jorge Silva e Sueli Vidigal. Mas Manato pode não ser o único a deixar a sigla, o deputado federal Jorge Silva também andou sondando o PROS. Sueli, que é mulher do ex-prefeito da Serra Sergio Vidigal, fica no partido para fazer dobradinha com ele na eleição do próximo ano. Cotado para ser um dos mais votados na eleição de deputado federal, Vidigal deve abrir caminho para Sueli conquistar uma cadeira na Assembleia Legislativa.

Mas a crise que se instalou no PDT nacional não fica longe da legenda no Estado. A crítica de algumas lideranças nacionais de que o PDT se tornou um partido de famílias nos Estados se encaixa no perfil do PDT capixaba.

O PDT é um partido importante no jogo político do Estado. Desde a década de 1990 dividida com PT, PSB, PR e PMDB o comando dos principais municípios da Grande Vitória, compondo ou comandando os municípios. Muitas crises se abateram sobre o partido desde a eleição de 2004, com cassação de prefeitos e escândalos envolvendo lideranças partidárias, como deputados estaduais.

Mesmo assim o partido ocupa uma boa fatia dos espaços políticos do Estado. Além das três cadeiras na Câmara conquistadas em 2010, ocupa quatro vagas na Assembleia Legislativa. Tem oito prefeitos eleitos em 2012 e ocupa a Secretaria de Saneamento e Habitação do governo do Estado, com Iranilson Casado Pontes.

O partido vive em altos e baixos no Estado. Mesmo com o prestígio político de sua principal liderança em baixa, desde que Vidigal saiu derrotado na disputa pela reeleição da Prefeitura da Serra em 2012 e o recente escândalo envolvendo a cúpula do Ministério do Trabalho, pode perder força para manter unido seu partido.

O atrativo surgimento do Solidariedade, que vem tentando atrair sobretudo pedetistas, coloca no mercado um sentimento de volta às origens, de recomeço do partido, o que pode levar muitas lideranças do PDT à reflexão. O tamanho dessa reflexão deverá ser conhecido quando o prazo de filiações terminar no próximo sábado (5).

 

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