Os três votos favoráveis do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em favor da liberação da candidatura do prefeito afastado de Presidente Kennedy (litoral sul do Estado), Reginaldo Quinta (PTB), e a negativa do recurso ao candidato do PSC à prefeitura de Castelo (sul do Estado), Warlen Bortoli (PSC), o Vermelho, acendeu o sinal de alerta nos meios políticos.
A grande questão que paira no mercado é: como um prefeito que foi preso dentro de um esquema de corrupção que teve projeção nacional, pode ter a candidatura liberada? Por outro lado, problemas de documentação no registro de candidatura tiram candidatos do jogo político.
No caso do candidato a prefeito de Castelo e 29 candidatos a vereador, o tribunal entendeu que houve falsificação da ata da convenção da chapa. Já no caso de Quinta, mesmo preso, ele conseguiu registrar a candidatura por meio de uma procuração dada à sobrinha Amanda Quinta.
A justificativa da defesa do prefeito afastado parece ainda mais grave, já que alega que um escrevente de um cartório particular esteve no Quartel e colheu a assinatura dele em favor da sobrinha.
Nesta quinta-feira (23) o TRE retoma a discussão. A liberação da candidatura de Quinta pode criar uma situação já conhecida no Estado e que causa muitos transtornos. O prefeito afastado é favorito na disputa, se vencer poder ter o novo mandato cassado, o que pode levar à posse do vice ou, pior, a uma eleição extemporânea.
Ele não é o único.Muitos candidatos a prefeito que acumulam condenações na Justiça foram liberados para a disputa deste ano. Embora a utilização da Lei da Ficha Limpa prometesse um maior rigor na liberação dos candidatos, não é o que tem acontecido.