Depois do fracasso da movimentação pela presidência do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o PT capixaba está à procura de uma acomodação em cargo federal para o deputado estadual Roberto Carlos.
Como disputou o governo do Estado pelo partido, não pegaria bem se o parlamentar fosse acomodado em um cargo no Palácio Anchieta. Mas como abriu mão de uma eleição bem mais tranquila para a Assembleia, em que poderia confirmar mais um mandato, o partido se esforça para recompensá-lo com um cargo de maior importância.
Está difícil, mas haveria duas possibilidades ainda. A primeira seria a ida do deputado para a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa). A conversa no início do mês entre o governador Paulo Hartung e o ministro chefe da Secretaria de Portos (SEP), Edinho Araújo, sinalizou para os meios políticos um acordo para a indicação de um superintendente local.
Outra movimentação que pode resultar em uma vaga em cargo federal é o acordo entre PT e PDT envolvendo uma vaga na Assembleia Legislativa para o deputado pedetista Luiz Durão, primeiro suplente da chapa formada pelos dois partidos no ano passado.
Para o PT ceder uma de suas cadeiras na Assembleia ao PDT, o deputado estadual eleito José Carlos Nunes ocuparia uma nova secretaria (Trabalho) criada especialmente para acomodá-lo. O partido teria ainda negociado com o PDT no pacote a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Estado. Mas essa negociação ainda não foi concluída.
Roberto Carlos disputou a eleição ao governo do Estado, em uma articulação em cima da hora. Para os meios políticos, a candidatura do petista acabou ajudando a eleição de Paulo Hartung (PMDB), pois não criou musculatura para forçar um segundo turno na disputa. Roberto Carlos teve um dos piores desempenhos de um candidato petista na disputa ao governo do País.