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Daniel da Açaí vai recorrer da cassação e ainda não fala em nova eleição

Se depender do prefeito de São Mateus, norte do Estado, Daniel da Açaí (PSDB), uma nova eleição no município deve demorar. Nesta segunda-feira (13) sua defesa vai protocolar os embargos de declaração no processo que cassou o mandato do prefeito no último dia 30 de outubro e pretende recorrer até a última instância para permanecer no cargo.

Perguntado sobre sua posição em uma eventual nova disputa no município, caso os embargos não sejam aceitos, o tucano prefere não fazer apostas. Disse que a partir do esgotamento das possibilidades é que irá conversar no município sobre um novo pleito e seu apoio no cenário local. Daniel da Açaí, porém, tem consciência de sua força política hoje e de que será o grande eleitor caso não consiga êxito na Justiça.

Quanto à população, o prefeito afirma que há uma grande insegurança na cidade sobre possibilidade de haver mudanças na prefeitura. Ele garante que o apoio popular segue grande e que a mobilização dos moradores em seu favor é muito forte.

Enquanto Açaí tenta recorrer da decisão do Tribunal Regional, os meios políticos locais fazem suas apostas. A expectativa é de que retornem ao cenário eleitoral seus adversários em 2016, Carlinhos Lyrio (PSD) e o deputado Freitas (PSB). Mas as grandes apostas se voltam para o deputado federal Jorge Silva (PHS), que não disputou a eleição em 2016, mas seria um favorito se conquistar o apoio do prefeito Daniel da Açaí.

No ultimo dia 30,  por quatro votos a dois, o pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TER-ES) negou o recurso do tucano. Encerrando o julgamento, que começou no final de setembro, o  juiz Adriano Athayde Coutinho apresentou voto de vista e acompanhou o entendimento do juiz Rodrigo Júdice, que apresentou o voto divergente, entendendo que não houve comprovação de abuso de poder econômico no caso.

Mas prevaleceu o entendimento do relator do recurso eleitoral, juiz Federal Marcus Vinicius de Oliveira Costa, que votou pela manutenção da decisão de condenação em primeira instância por abuso de poder econômico, além da inelegibilidade por oito anos.

Além do relator, o desembargador Samuel Meira Brasil Júnior e os juízes Helimar Pinto, Aldary Nunes Junior e Adriano Athayde Coutinho endossaram a decisão de primeiro grau. Samuel Meira Brasil pediu, no início do mês, voto vista do processo, mas manteve a posição pela cassação do mandato do prefeito. Já Adriano Athayde mudou a posição.

Daniel da Açaí foi denunciado por um eleitor do município ao Ministério Público Eleitoral (MPE) por distribuição de água em caminhões-pipas, por meio da Liga da Solidariedade, com adesivos da mineradora “Açaí”, de propriedade do prefeito, além de caixas d’água, durante a crise hídrica que se abateu sobre o município.

 

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