O mercado político aponta que sete dos 10 deputados federais capixabas podem disputar a eleição municipal de 2016. Alguns nomes são considerados barbadas, outros ainda estão relutantes. No banco de reservas , observando, estão seus suplentes, torcendo mais do que ninguém pela eleição dos titulares no próximo ano, o que abriria vaga na bancada.
Na coligação que elegeu o maior número de deputados, formada por PMDB, PSDB, DEM, Pros e Solidariedade, entre os nomes tidos como certos para a disputa eleitoral está o deputado Jorge Silva (Pros), candidatíssimo em São Mateus, no norte do Estado.
O deputado Lelo Coimbra (PMDB) tenta conquistar um espaço para a disputa em Vitória e costura alianças para se viabilizar. O contrário vem fazendo o deputado federal Max Filho (PSDB). O deputado busca uma movimentação estadual para ganhar musculatura para 2018, mas vem sendo assediado pelo partido e pelos eleitores a disputar a prefeitura de Vila Velha em 2016.
Na torcida para que todos disputem estão os suplentes, embora eles também estejam na movimentação eleitoral para 2016. O presidente do Banco de Desenvolvimento do Estado (Bandes), Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), é o nome que estaria liderando a corrida eleitoral em Vitória.
A ex-prefeita de Itapemirim, no litoral sul, Norma Ayub (DEM), pode concorrer ao cargo no próximo ano se o marido dela, Theodorico Ferraço (DEM), não disputar.
O secretário de Ciência e Tecnologia, Guerino Balestrassi (PSDB), pode entrar no pleito de Colatina, noroeste do Estado. Dependendo dos resultados de 2016, pode sobrar uma vaguinha para o quarto suplente da coligação, o ex-deputado federal Camilo Cola (PMDB).
Na coligação formada pelo PT e PDT, as dúvidas são ainda maiores. No grupo estão os nomes mais competitivos da bancada, o do deputado federal Sérgio Vidigal (PDT), que pode tentar retornar à prefeitura da Serra.
O também serrano Givaldo Vieira (PT) ensaia entrar na disputa no município. Givaldo, porém, tem mais dificuldade nessa movimentação. Isso porque ele atuou nos últimos anos como uma liderança estadual e tenta se reaproximar da base no município, mas talvez haja pouco tempo para ele conseguir criar a musculatura necessária para superar Vidigal e o atual prefeito Audifax Barcelos (Rede).
Outra grande dúvida desse grupo é sobre a participação do deputado federal Helder Salomão (PT) na disputa eleitoral de Cariacica, onde é favorito. Helder teria a preocupação de vencer e administrar uma cidade com vários problemas e em crise financeira. A incerteza sobre a movimentação dos deputados federais causa apreensão nos suplentes.
A primeira vaga disponível acomodaria a ex-deputada federal, Iriny Lopes (PT), que estaria indo para o governo federal. Ela também é cotada para a disputa em Vitória, mas a briga não aponta um terreno favorável para seu palanque. O vereador de Cachoeiro de Itapemirim, Professor Léo (PT), pode ser a solução do partido para a disputa municipal, caso o deputado estadual Rodrigo Coelho mude mesmo de partido. O terceiro suplente desta coligação é o vereador de Linhares, Stefano Silote (PDT).
O deputado federal Paulo Foletto (PSB) é um dos favoritos para a disputa em Colatina. Caso eleito, haverá uma disputa pela vaga. Isso porque o primeiro suplente é o ex-deputado estadual Vandinho Leite, que migrou do PSB para o PSDB e vai disputar a eleição na Serra. Caso Vandinho Leite não vença a eleição, vai ter de disputar na justiça a vaga.
Caso Vandinho vença a disputa na Serra e Foletto em Colatina, quem virá deputado federal é o vereador de Guarapari, Gedson Merízio. O segundo suplente era o ex-prefeito de Anchieta Edval Petri, que faleceu no mês passado. Petri também havia mudado de partido do PSB para o PMDB.
Se tudo der certo, do ponto de vista dos suplentes, a bancada capixaba em 2017 terá um perfil totalmente diferente da atual. Mas com a crise econômica e o desgaste dos atuais gestores, muitos deputados estão preocupados em não perder seus capitais políticos e avaliam se é mesmo conveniente entrar na disputa do próximo ano ou concluir o mandato em Brasília.