A relação política entre o PP de Vitória e o prefeito Luciano Rezende (PPS) não anda boa. Dentro do partido começam a surgir muitas insatisfações com o espaço que o PP perdeu na atual gestão do segundo mandato do prefeito. A reclamação de falta de espaço para os partidos aliados não é isolada e pode trazer problemas para os planos futuros do prefeito.
O PP apoiou Luciano Rezende na eleição de 2012, ficou na administração nos primeiros quatro anos à frente da Secretaria de Assistência Social e chegou a acumular a pasta dos Direitos Humanos. Na eleição do ano passado, o partido voltou a apoiar o palanque do prefeito.
O partido, que é sempre bem cotado nas articulações eleitorais, sobretudo na composição proporcional, se manteve ao lado do grupo do prefeito e conseguiu eleger o vereador Kléber Félix, em uma coligação ao lado do PV e na Rede.
Com uma boa bancada em nível federal, o PP contribuiu com preciosos dois minutos de tempo de TV para a candidatura do prefeito e reivindicou a permanência do partido no primeiro escalão do governo. Mas não foi atendido. Além de não ampliar sua participação, o partido perdeu o que tinha.
O PP não ficou com nenhuma secretaria na atual gestão, tendo que se contentar com um cargo de assessor de projetos especiais na nova Secretaria de Gestão Estratégica, que acomoda Marcos Delmaestro, candidato a vereador derrotado na última eleição. A expectativa das lideranças do PP de Vitória é de que a Executiva Estadual discuta o assunto com o prefeito, porque a insatisfação dentro da regional é crescente.