Segunda, 29 Abril 2024

Declaração de Casagrande pode ter sido abonada por Eduardo Campos

Declaração de Casagrande pode ter sido abonada por Eduardo Campos

A declaração do governador Renato Casagrande ao jornal Valor Econômico na semana passada, afirmando que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidenciável pelo PSB, ainda não estaria pronto para disputa do próximo ano, pode ter sido feita com o aval do próprio pernambucano.



Segundo O Globo desta quarta-feira (22), em um encontro há 15 dias do presidenciável com os governadores Renato Casagrande, Ricardo Coutinho (Paraíba) e Wilson Martins (Piauí), Campos teria dito que naquele momento os governadores poderiam dizer o que quiserem, mesmo que fosse uma posição contrária à candidatura própria do partido, mas que a partir de uma decisão da sigla, que deve acontecer apenas em 2014, os governadores deveriam acatar o posicionamento partidário.



“Seria dentro dessa estratégia que, recentemente, Capiberibe [Camilo Capiberibe, governador do Amapá] e Casagrande manifestaram que o melhor, no momento, é apoiar a reeleição de Dilma”, diz a matéria do jornal O Globo.



Desde a declaração ao Valor, na semana passada, Renato Casagrande tem evitado tocar no assunto. Isso porque, seja para dentro da nacional ou para o mercado político local, seu posicionamento trouxe consequências. Uma ala socialista saiu em defesa da candidatura de Campos, enquanto os governadores socialistas vêm se unindo para dissuadir o presidenciável do PSB, em defesa de suas alianças locais com o PT.



Talvez as declarações de Casagrande, com o peso de secretário-geral do PSB, tenham trazido uma repercussão que Campos não esperava para a estratégia montada pelo grupo. Tanto que em suas declarações à imprensa nacional nesta quarta, o presidenciável deixou claro que a decisão não partirá da cúpula socialista e sim de uma consulta à base do partido. Para o grupo que apoia Campos, o governador de Pernambuco teria o apoio  de 90% da militância socialista para se lançar candidato.



Segundo a Folha de S. Paulo, Campos recebeu "com tranquilidade" a manifestação de resistências internas no partido à sua eventual candidatura à Presidência da República em 2014.



Nessa terça-feira, o jornal publicou que o governador do Amapá, Camilo Capiberibe, considerou "melhor" para o partido hoje apoiar a reeleição de Dilma Rousseff. Além dele e de Casagrande, Cid Gomes (Ceará) também é crítico do palanque socialista em 2014. Enquanto o ministro da Integração Nacional Fernado Bezerra (PSB) tenta minar a candidatura de Campos dentro do partido.



"Estamos vendo um debate natural, de um partido democrático", afirmou Campos. "O PSB vai decidir 2014 em 2014 e tenho certeza que o partido sairá unido como saiu em outros momentos em que fez esse debate", declarou.

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