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Defesa ou ataque?

A defesa do presidente do Tribunal de Contas, Sérgio Aboudib, da inclusão dos inativos na conta dos 25% da educação, que é uma irregularidade alvo de Adin no Supremo Tribunal Federal (STF), mostrou desconhecimento da realidade da educação no Estado, mas também deixou transparecer uma estratégia arriscada.
 
Fica a impressão de que o presidente do TCE coloca a irregularidade como única condição para que o recurso seja pago, o que pressiona a categoria e cria uma perigosa tentativa de atrair o apoio dos professores aposentados e pensionistas.
 
Se os R$ 400 mil saírem da contabilidade dos 25% da educação não vai dar para pagar os inativos porque o governo está no limite dos gastos com funcionalismo. Esse rombo justificaria a pedalada. Sim, isso é uma pedalada.
 
Mas de onde vai sair o dinheiro para pagar os professores? Isso é um problema do governo, como destacou o deputado Sérgio Majeski (PSDB). Não é para isso que existe o IPAJM? Não é para isso que os servidores efetivos contribuem por toda a sua vida profissional?
 
O governo Paulo Hartung gosta de vender a ideia de excelência em gestão. Pois bem, cabe a esse grande gestor dar conta das responsabilidades do poder público. E ao Tribunal de Contas, cabe julgar as contas e caso haja irregularidades, não deveria fazer remendos para driblar a lei. Pode acabar se queimando junto por seguir sua vocação política.
 
A resolução do tribunal aliviou a barra do governo em vez de recomendar a adequação à lei. Mas queima a imagem do tribunal, ainda mais quando observamos que boa parte do Plenário foi indicada ou por Hartung ou por Renato Casagrande (PSB) e ambos cometeram a pedalada na educação.
 
Uma manobra que poderia causar um grande prejuízo político para os gestores recebe a passada de pano do Tribunal, que insiste em buscar brechas que consigam justificar a conivência com o erro do Executivo.
 
Fragmentos:
 
1 – O deputado Sérgio Majeski comunicou a instalação da Frente Parlamentar para discutir a Região Metropolitana de Vitória e a eleição para secretário-executivo do deputado Marcos Mansur (PSDB), que é de Cachoeiro de Itapemirim.
 
2 – A instalação da comissão foi prejudicada porque a Mesa Diretora entende que pode haver conflito interesse com as outras comissões em funcionamento na Casa. Mas ter o secretário executivo do sul do Estado está tudo bem?
 
3 – Na sessão dessa segunda-feira (15), o presidente da Assembleia Erick Musso (PMDB) afirmou que o deputado Enivaldo dos Anjos (PSD) foi um dos maiores artilheiros da história de Barra de São Francisco. Mas a oposição do deputado afirma que ele só pegava bola quando ela saía do campo, era gandula.

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