Banco de Desenvolvimento tem hoje 155 funcionários, seis dentro da faixa salarial dos novos cargos, acima de R$ 14 mil
A criação de 11 cargos comissionados no Banco de Desenvolvimento do Estado (Bandes), com salários que superam R$ 14 mil, foi questionada pelo deputado Sergio Majeski (PSB), em requerimento de informações protocolado ao secretário de Estado da Fazenda, Rogelio Pegoretti, que é presidente do Conselho Fiscal do banco. Majeski quer saber a necessidade dos cargos, considerando a pandemia da Covid-19.
De acordo com a Resolução nº 2/2021 que define a criação dos cargos, editada no final de março e aprovada pelo Conselho de Administração do Bandes, a contratação é destinada a profissionais com diferentes níveis de formação e atuação para assessorar a diretoria executiva da instituição financeira. O Bandes possui atualmente 155 funcionários, seis dentro das faixas salariais dos cargos a serem preenchidos.
“Apenas de salários, sem contabilizar os outros benefícios, são quase R$ 120,5 mil por mês para custear os 11 cargos comissionados. Em plena pandemia, quando os recursos financeiros têm necessidade de serem otimizados para oferecer assistência de qualidade à população, é momento mesmo de criar despesas? Os servidores efetivos do próprio Bandes não têm formação e competência para desempenhar as funções dos cargos criados? Nosso questionamento é com perguntas simples e que atendem aos interesses da sociedade”, destaca Majeski.
Empréstimos financeiros
Em outra frente de atuação, Sergio Majeski protocolou representação no Tribunal de Contas do Estado (TCE) com pedido de Medida Cautelar em face do diretor-presidente do Bandes para garantir que o banco, que é uma instituição pública, disponibilize no site próprio as informações sobre os contratos de empréstimos financeiros realizados, nos mesmos moldes como já faz o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).