A formação do bloco de oposição por PV, PSB, SD e PPS é vista com bons olhos pelos deputados federais capixabas eleitos pelas siglas que formam o grupo. Para Evair de Melo (PV) e Carlos Manato (SD) o bloco vai fortalecer os parlamentares em Brasília, ajudando na movimentação dentro da Casa, sobretudo para os integrantes de bancadas pequenas, como é o caso do Espírito Santo.
Isso porque o grupo já começa a atuar com 67 deputados federais, neste sentido, explicou Evair de Melo, fica mais fácil fazer debates prévios, para que se chegue ao plenário já com apoio de peso para as propostas dos parlamentares. Isso reduz a fadiga de buscar apoio na Casa, que é composta por 513 parlamentares.
O deputado eleito pelo PV disse que já conversou sobre o assunto com o deputado reeleito Paulo Foletto (PSB), que também se mostrou simpático à formação do bloco. Isso permite que partidos que elegeram poucos deputados possam ganhar força em Brasília. O SD elegeu 15 deputados federais; o PV, oito; o PSB, 34. O PPS elegeu 10 federais, nenhum no Espírito Santo.
Evair destaca que neste momento em que se discute a reforma política, a formação do bloco é um novo modelo operacional para os parlamentares, pois evita a fusão dos partidos menores, uma prática muito agressiva, permitindo assim que os partidos mantenham suas características.
O deputado Manato destacou que o SD participará do bloco, mas não em relação à eleição para a presidência da Casa, já que o partido já fechou questão no apoio à candidatura de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Posteriormente, porém, o partido se une ao bloco e acredita que a experiência pode vingar para a eleição de 2016. Nos municípios em que os partidos disputarão a eleição, haverá confluência de candidatos, com os partidos formando chapas proporcionais para a disputa de vereador.
Onde houver candidatos a prefeito, a coligação se desfaz na majoritária e se mantém na proporcional. Os líderes e presidentes nacionais dos quatro partidos decidiram a formação do bloco na quarta-feira (10), mas já vinham conversando sobre essa movimentação há algum tempo.
O grupo criou uma federação partidária, com as quatro legendas, para atuar unida politicamente pelos próximos quatro anos no Congresso Nacional. A união reunirá uma bancada de 67 deputados federais, que lhe dará em torno de 3 minutos e 30 segundos de tempo de propaganda no rádio e na televisão em campanhas políticas para as eleições municipais de 2016 e gerais de 2018.