A Assembleia Legislativa aprovou, na sessão desta quarta-feira (29), o projeto lei enviado pelo governo do Estado, que prevê a cassação da eficácia da inscrição estadual dos estabelecimentos que comercializarem produtos oriundos de cargas roubadas. O projeto foi aprovado, mas não sem debate no Plenário, que acabou expondo uma insatisfação dos deputados com a falta de diálogo com o Executivo.
Isso porque, a matéria surgiu da sugestão do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas & Logística no Estado do Espírito Santo (Transcares), encampada pelo governo e que se transformou em projeto de lei. Alguns deputados se sentiram ressentidos pelo fato de que quase diariamente fazem indicações ao governo do Estado, sem que haja atendimento de suas demandas.
Só no Expediente desta quarta-feira (29) havia 14 indicações de deputados ao governo do Estado. Desde o início de 2017, foram protocoladas na Assembleia 292 indicações parlamentares. A insatisfação, que é generalizada, foi verbalizada pelo deputado Gilsinho Lopes (PR), que é da base do governo. Ele cobrou do secretário-chefe da Casa Civil, José Carlos da Fonseca Júnior, as respostas às indicações.
Já o deputado Freitas (PSB), que faz parte do grupo desalinhado com o Palácio Anchieta, cobrou atendimento de emendas parlamentares em suas bases e também a falta de respostas sobre suas indicações. Ele afirmou que fará requerimento de informação sobre o assunto para que possa ter alguma sinalização do Executivo.
Os dois parlamentares criticaram a falta de diálogo com os deputados estaduais para debater os temas que são colhidos em suas bases. As indicações são uma forma de os deputados apontarem para o governo certas demandas que não podem ser atendida por meio de lei, dada a limitação na atuação parlamentar.