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​Deputados rejeitam regime de urgência para transformar igrejas em atividade essencial

O deputado Marcos Mansur, que também é líder religioso, defendeu que “igrejas são como hospitais”

Por 14 votos a 11, a Assembleia Legislativa rejeitou nesta terça-feira (16) o regime de urgência ao Projeto de Lei (PL) 333/2020, que considera essencial o funcionamento de igrejas e templos de qualquer culto no Estado durante período de calamidade pública. Com a decisão, ficam mantidas as recomendações de isolamento social, que proíbem aglomerações. 

O projeto de lei, de autoria dos deputados Delegado Danilo Bahiense (PSL) e Pastor Marcos Mansur (PSDB), que são evangélicos, permitiria a abertura das sedes das denominações religiosas, contrariando as recomendações das autoridades médico-sanitárias. A proposta vem no contexto de solicitações feitas por lideranças religiosas e teve o pedido de urgência retirado nessa segunda-feira (15), na tentativa de um acordo com o governo, o que não obteve êxito.

Ao comentar o resultado da votação, na justificativa do seu voto, o deputado Mansur, que também é pastor, em Cachoeiro de Itapemirim, disse lamentar a decisão, ressaltando que a tramitação normal da matéria “praticamente mata o projeto”, ressaltando: “A expectativa era grande, peço desculpas aos pastores e cada um assuma as suas responsabilidades”. Na semana passada, quando teve início a tramitação do projeto, Mansur chegou a dizer que as “igrejas são como hospitais”.

O deputado Sergio Majeski (PSB), que votou contra o projeto, lembrou que o decreto que estabeleceu as normas para enfrentar a pandemia não proíbe as igrejas de abrir, nem de prestar assistência, destacando que o que não pode haver é aglomeração.

Majeski disse ser católico e citou o posicionamento da Arquidiocese de Vitória, que recentemente divulgou uma carta recomendando aos fiéis que mantivessem o isolamento e o distanciamento, manifestando, também, contrária à flexibilização das normas.

Já o deputado Vandinho Leite (PSDB), favorável ao projeto de lei, identificou um posicionamento ideológico do governo estadual, afirmando que se trata de uma forma de “enfrentamento aos conservadores, que são os pastores”.

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