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Dilma se reúne com peemedebista para fechar acordo para 2014

A presidente Dilma Rousseff se reuniu na manhã desta quarta-feira (6) com o ex-governador Paulo Hartung e o senador Ricardo Ferraço para fechar com o PMDB, por cima, uma aliança para a disputa do próximo ano. A reunião teria sido articulada pelo ex-presidente Lula, que vem se firmando como articulador do palanque de Dilma nos estado. 
 
Para o grupo do ex-governador Paulo Hartung, a união por cima é interessante porque atrai para seu palanque o PT, desmanchando a trinca partidária que forma o núcleo duro da base aliada do governador Renato Casagrande. Já o governo federal quer isolar o PSB do governador capixaba para atingir a candidatura do presidenciável Eduardo Campos, governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB.
 
A dificuldade estava no fato de o PT preferir a candidatura de Paulo Hartung, por ter mais densidade eleitoral, em vez da do senador Ricardo Ferraço. Para os meios políticos, uma estratégia equivocada do PT, dada a falta de fidelidade do ex-governador Paulo Hartung com o palanque petista na disputa presidencial nas eleições anteriores. 
 
Ainda assim, a preocupação do PT nacional em não conseguir a reeleição da presidente Dilma Rousseff tem feito com que as escolhas nos estados superem outras divergências. Nesse contexto, a disputa no Espírito Santo ganha foco, porque, apesar de o eleitorado de 2,6 milhões de eleitores não influir no resultado da eleição, é um campo de disputa do PSB, o único no Sudeste governado por um socialista, o que passa a ter um valor simbólico.
 
Mesmo com a disposição de Renato Casagrande em erguer um palanque neutro no Estado, Lula e Dilma devem fechar o acordo, garantido pelo vice-presidente Michel Temer, ao lado do PMDB capixaba. Ainda que Hartung e Ferraço sejam hoje parte de um grupo minoritário no PMDB do Estado, a costura por cima garante o palanque de Dilma.
 
Outro problema é que no Espírito Santo, tanto o PT quanto o PMDB querem permanecer no palanque de Casagrande na disputa à reeleição no próximo ano. Por isso, a necessidade de se fazer uma costura por fora, obrigando os partidos no Estado a seguirem a orientação das nacionais. 

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