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Disputas por prefeituras da Grande Vitória caminham para a polarização

O processo eleitoral pelas prefeituras das grandes prefeituras do Estado começou com uma pulverização de candidaturas, aproveitando o mau momento dos atuais gestores e as instabilidades políticas geradas pelos acontecimentos na política nacional. Mas com a proximidade do fim do prazo das convenções partidárias, observa-se um afunilamento dos cenários municipais, sobretudo, na Grande Vitória.
 
Na Capital, o principal baque aconteceu com a saída do ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) da disputa. Embora haja vários nomes ainda no cenário, a tendência é que ocorra um embate principal entre os candidatos Amaro Neto (SD) e o prefeito Luciano Rezende (PPS). 
 
As alternativas à polarização tentam construir uma terceira via, mas fora deste primeiro pelotão, o nome que se mantém no cenário com uma distância deste primeiro embate é o do deputado federal Lelo Coimbra (PMDB). 
 
Os candidatos Perly Cipriano (PT) e André Moreira (Psol) constroem candidaturas ideológicas e, por isso, vão continuar no processo. O primeiro para defender o legado petista na cidade e marcar posição do partido no debate nacional, o segundo defendendo uma candidatura mais à esquerda. 
 
Enivaldo dos Anjos (PSD) e Serjão Magalhães (PTB) buscam apoio político para tocarem seus projetos, mas sofrem com o isolamento de seus palanques. Podem acabar caminhando para se unirem aos dois grupos, um para cada lado. 
 
Na Serra, o cenário começou com a expectativa de cinco candidaturas: a do prefeito Audifax Barcelos (Rede), a do deputado federal Sérgio Vidigal (PDT), a do ex-deputado estadual Vandinho Leite (PSDB), a do deputado estadual Bruno Lamas (PSB) e a do deputado federal Givaldo Vieira (PT). 
 
O cenário hoje afunilou para mais um debate entre a Audifax e Vidigal. O primeiro agregou o PSB de Lamas – embora o deputado estadual tenha lançado candidatura, o movimento foi visto apenas como um recado para que o PSB mantenha a aliança com o prefeito – e o segundo agregou Vandinho, com a vice para o PSDB. Givaldo Vieira ainda tenta resistir, mas uma parte do PT quer aderir a um dos dois palanques. 
 
Em Cariacica, a revanche entre Marcelos Santos (PMDB) e o prefeito Geraldo Luzia, o Juninho (PPS), já era esperada para eleição deste ano. Um bloco tenta emplacar a terceira via, puxado pelo deputado estadual Sandro Locutor (Pros), o ex-presidente da Câmara Adilson Avelina (PSB) e o atual presidente do Legislativo, Cezar Lucas (PV). 
 
A polarização ganhou vida, porém, com a saída do deputado federal Helder Salomão (PT) da disputa, já que ele era considerado franco favorito. O partido trabalha com o nome da ex-secretaria de Educação do município, Célia Tavares, mas a possibilidade de repetir o desempenho de 2012, quando Helder não conseguiu transferir votos para Lúcia Dornellas, pode  levar o partido a compor uma chapa com o deputado estadual Marcos Bruno (Rede). Ainda assim, o grupo ficaria distante na corrida eleitoral dos dois principais concorrentes. 
 
Vila Velha tinha, até o início do mês, o maior número de palanques em construção. Mas o cenário, hoje, caminha para uma nova disputa entre Neucimar Fraga (PSD) e o prefeito Rodney Miranda (DEM). O deputado federal Max Filho (PSDB) e o deputado estadual Hércules Silveira (PMDB), que poderiam representar, juntos, uma força que deixaria o prefeito fora da disputa principal, ainda não se acertaram sobre a formação de um bloco, que começa a se desmantelar diante da indefinição de suas principais estrelas. 
 
Sem eles, o nome mais forte no grupo seria o do deputado estadual e vice-prefeito afastado Rafael Favatto (PEN), que cansou de esperar a definição dos dois e lançou pré-candidatura com o apoio de um bloco de partidos, que pode abrigar o ex-governador Renato Casagrande (PSB) no palanque. 

 

Os motivos que levaram à aglutinação de forças passam pelas mudanças na regra eleitoral, sobretudo, a falta de recursos privados para financiar as campanhas. A situação das prefeituras e a possibilidade de falta de apoio político nacional, além da briga indireta do governador Paulo Hartung (PMDB) com o ex-governador Renato Casagrande (PSB), também desestimulam  algumas lideranças a entrar na disputa. 

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