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Eleição da Amunes têm investidas de Rose e Hartung

O exercício eleitoral para a disputa da nova direção da Associação dos prefeitos do Estado tem mobilizado lideranças de dois polos políticos da política capixaba. De um lado está a senadora Rose de Freitas (PMDB) como principal apoiadora da campanha do prefeito de Viana, Gilson Daniel (PV). Do outro, o governador Paulo Hartung (PMDB) tentando alavancar a chapa palaciana do prefeito de Linhares, Guerino Zanon (PMDB).
 
No grupo de Gilson Daniel, a campanha está focada na influência da senadora Rose de Freitas para conseguir recursos para os municípios. O grupo tenta mostrar que quem consegue abrir portas em Brasília para trazer recursos para os municípios é a senadora e não o governador Paulo Hartung, que não transita bem no governo federal.
 
Nesta terça-feira (21), Gilson Daniel e os prefeitos Max Filho (Vila Velha) e Audifax Barcelos (Serra) cumprem agenda com o presidente Michel Temer, também em busca de recursos federais, graças a uma articulação da senadora.
 
Rose articulou recentemente a liberação de uma verba federal de R$ 2 milhões para ser aplicado em obras de saneamento no município de Alegre, do prefeito Zé Guilherme (PSDB), mas essa articulação nem sempre tem garantido a adesão dos prefeitos à chapa de Gilson Daniel. O tucano, apesar dos esforços da senadora, sucumbiu ao assédio palaciano para apoiar Zanon, embora negue. Além dele outros dois prefeitos deixaram a chapa de Gilson Daniel, como aponta o jornal A Tribuna desta terça, Darly Dettmann (PMDB), de Itaguaçu, e Luiz Américo Borel (PMDB), de Alto Rio Novo.
 
A estratégia de Hartung é menos direta e realizada em três etapas. Primeiro ele aciona uma liderança local, próxima do prefeito, para pedir votos para Guerino Zanon. A ideia é estimular o prefeito a buscar o consenso, que na visão do governador significa unicamente aderir à chapa de Zanon.
 
Depois quem procura o gestor é o ex-presidente da Amunes, o prefeito de Santa Teresa, Gilson Amaro (DEM), que tem uma boa articulação nos municípios e poder de influência sobre os prefeitos. Por último, é o próprio governador quem faz a abordagem intimando o prefeito a pular de barco.
 
O governo tem encontrado dificuldade em convencer os prefeitos, já que não tem oferecido contrapartidas. A expectativa no grupo de Gilson Daniel é de que ainda há uma frente de seis votos, mas como a eleição acontece na terça-feira (28), o grupo palaciano tem uma semana inteira para tentar reverter o quadro eleitoral.

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