Com 82 mil eleitores, o município de Guarapari terá uma eleição proporcional dividida basicamente em três grupos na disputa por uma vaga à Assembleia Legislativa: do ex-prefeito Edson Magalhães (DEM); do novato Carlos Von Schilgen, que se filia nesta quinta-feira (3) ao PSD, e do vereador Gedson Merízio (PSB), o mais votado no município na eleição passada.
A ida de Magalhães para o DEM já era esperada pelos eleitores. Chefe de gabinete do deputado Theodorico Ferraço, também do DEM, ele contará com o apoio do parlamentar para a disputa, o que pode sugerir a disputa de Ferraço por uma vaga de deputado federal, fazendo dobradinha com o ex-prefeito. Mas para se eleger, Magalhães tem obstáculos a superar. Os problemas na Justiça, que anularam seus votos na eleição passada, podem inviabilizar sua candidatura.
Apesar do grande prestígio que tem com o eleitorado local, o desempenho do atual prefeito, Orly Gomes (DEM), que foi eleito em março passado em eleição extemporânea com o apoio de Edson, não atendeu ainda à expectativa da população, o que pode comprometer politicamente o ex-prefeito.
Carlos Von Schilgen também entra na disputa com chances e para dividir os votos. A escolha do partido não foi fácil. A observação do peso da sigla foi fundamental para sua filiação. Assediado pelos partidos, chegou a se interessar pelo PV e pelo PPS.
Neste último foram as filiações do vice-prefeito de Vitória Waguinho Ito e do deputado estadual Sandro Locutor que afastaram o ex-candidato a prefeito do partido. Von teve um desempenho muito bom na eleição extemporânea contra Orly. O desempenho do prefeito, se não melhorar, pode beneficiá-lo, mas sem um cargo desde a eleição, Von pode perder espaço.
O terceiro nome é do vereador Gedson Merízio (PSB), campeão em oito locais de votação em Guarapari. O socialista é autor do projeto ficha limpa, aprovado no início do ano e que impediu que Edson Magalhães fosse absorvido pela gestão Orly Gomes, que traz repercussão.
Nos meios políticos locais, a expectativa é de que Merízio, que trabalhou assessorando o ex-deputado estadual Rodrigo Chamoun, herde os votos do agora conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCES). Outro ponto favorável é o fato de ser ligado à Igreja Católica de Guarapari.