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Em campanha, Eduardo Cunha promete apoio à bancada capixaba

Em campanha pela presidência da Câmara, o deputado federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se reuniu com a bancada capixaba em Vitória, na tarde desta sexta-feira (12). Acompanhado dos deputados peemedebistas Manoel Junior Hugo Costa, da Paraíba, e Marcelo Costa, do Piauí, ele veio pedir votos da bancada capixaba. 
 
Mas dos 10 deputados eleitos para a próxima legislatura, apenas quatro compareceram ao encontro: Lelo Coimbra (PMDB), Carlos Manato (SD), Marcus Vicente (PP) e Evair de Melo (PV). A senadora eleita Rose de Freitas (PMDB) acompanhou o deputado carioca. 
 
Sérgio Vidigal (PDT) enviou comunicado de que estava fora e Jorge Silva (Pros) participa de um evento em seu município, São Mateus. Paulo Foletto (PSB) está viajando e Max Filho também não compareceu. O governador Paulo Hartung, que também é do PMDB, está fora do Estado. 
 
Segundo Lelo Coimbra, os dois deputados do PT foram procurados, mas não responderam ao convite. Na verdade, a bancada do PT já tem candidato, o deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-PMDB). Os deputados pediram apoio à bancada capixaba, que é pequena e não consegue ter voz ativa na Casa. 
 
Cunha reconheceu a importância da bancada para a eleição na Câmara e que qualquer voto é importante para a disputa. Destacou o fato de ser do Rio de Janeiro, estado vizinho, e que os deputados atuaram juntos na discussão dos royalties do petróleo. Como presidente, promete ter uma postura mais isonômica, mas disse que pretende atuar na defesa dos entes federados. 
 
Rose de Freitas destacou a participação do deputado em apoio à luta do Estado pelas obras do aeroporto de Vitória e que sua atuação na Casa será importante para se discutir a economia brasileira. Já o deputado Lelo Coimbra lembrou que a tradição de se eleger o presidente oriundo da maior bancada não se aplica na Câmara, e sim no Senado. O nome de Cunha, segundo ele, vai garantir a independência do Legislativo em relação ao Executivo. 
 
Cunha fez questão de destacar que sua candidatura não é de oposição ao governo Dilma Rousseff (PT), mas que pretende evitar a submissão do legislativo ao executivo, mantendo a independência com harmonia entre os poderes. O que pretende o deputado é aprimorar a relação política entre os poderes, que está desgastada, segundo ele. 
 
O deputado Manato, lembrou que Cunha chegou à Casa junto com ele em 2002 e que sempre atuaram de forma cordial. Como o SD já fechou questão sobre a presidência da Casa em nível nacional, o deputado já declarou seu voto no peemedebista, assim como Lelo, que é correligionário de Cunha. Os outros dois deputados presentes ao encontro ainda vão conversar com seus partidos. 
 
Em sua página no Facebook, a deputada Iriny Lopes (PT) divulgou um longo texto criticando a candidatura de Eduardo Cunha, o que explica a ausência dos petistas no encontro. A deputada afirmou que o peemedebista criou entraves para a aprovação da MP dos Portos e defendeu as teles quando da apresentação do Marco Civil da Internet. 
 
A deputada afirmou ainda que o deputado “tem como hábito processar jornalistas, um instrumento econômico muito utilizado para cerceamento à informação. Perdeu muitas causas, mas ainda há processos contra repórteres que ousam desvendar casos que o envolvem. Não participo da reunião por motivos óbvios. Cunha sempre foi contrário a tudo que defendemos”, disse a deputada do PT. 
 
A eleição para a presidência da Câmara será no próximo dia 2 de fevereiro. Até lá, a expectativa é que também passe pelo Estado o candidato do PT, Arlindo Chinaglia.

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