Ganhou força nos corredores da Assembleia nos últimos dias a possibilidade de o primeiro secretário da Mesa Diretora, deputado Enivaldo dos Anjos (PSD), vir a disputar o cargo de presidente do Legislativo para o biênio 2017/18. Mas para os meios políticos, essa conversa tem objetivo político, sim, mas voltado para a disputa municipal deste ano.
Enivaldo dos Anjos transferiu seu domicílio eleitoral de Barra de São Francisco, no noroeste do Estado, para Vitória, e vem construindo uma candidatura a prefeito da Capital desde o ano passado. Mas sua candidatura não interessaria a setores ligados ao Palácio Anchieta.
Imprevisível, sem amarras políticas, Enivaldo é o tipo de candidato que o governador Paulo Hartung (PMDB) não tem possibilidade de controlar. Em um debate, por exemplo, o deputado é o tipo de candidato que teria desembaraço no confronto com os demais nomes colocados para a eleição.
Depois de mudar o domicílio, Enivaldo travou uma batalha interna no partido para garantir sua candidatura. É que o partido também trabalhava com a possibilidade de o vereador por Vitória, Max Da Mata, vir a ser o nome do partido na disputa. Mas Enivaldo conseguiu a garantia da sigla, o que forçou Da Mata a migrar para o PDT.
Neste sentido, para os interlocutores, a candidatura de Enivaldo dos Anjos em Vitória é irreversível. O deputado já teria até definido suas bandeiras de campanha. O parlamentar deve levar para a disputa um perfil provocador e que pode movimentar o pleito na Capital.
Enivaldo dos Anjos chegou a ser cotado para presidir o Legislativo no início da legislatura atual, em 2015, mas se negou a disputar. Para a escolha de 2017, ele repete o entendimento de que não quer comandar a Casa. Essa disposição, abre caminho para a reeleição do atual presidente Thedorico Ferraço (DEM), que articula na Casa , uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para permitir sua quarta recondução à Presidência da Assembleia.