A polêmica entre o deputado Enivaldo dos Anjos (PSD) e o ninho tucano parece que ainda vai render muito pano para manga. Na sessão dessa terça-feira (18), o deputado voltou à tribuna da Assembleia e colocou mais lenha na fogueira, acusando dois integrantes do partido de serem os responsáveis por ataques a ele na manifestação contra o governo federal do último domingo (16).
Nessa segunda-feira, o deputado já havia disparado contra o PSDB e o vice-governador César Colnago, responsabilizando-o pelos ataques. Nesta terça, os deputados tucanos Sérgio Majeski e Marcus Mansur pediram desculpas ao deputado em nome do partido.
Da tribuna da Assembleia, o deputado afirmou que aceitou as desculpas dos deputados e disse acreditar que o partido não tem relação com as críticas, mas deu o nome de dois integrantes do partido, que segundo ele, teriam comandado as acusações de cima do trio elétrico. Ele acusou Vítor Otoni Damasceno, assessor do deputado federal Max Filho.
Embora tenha citado Marcelo Pimentel, o deputado enviou nota à imprensa retificando o nome do outro integrante do partido que o teria atacado. O deputado quis se referir a Marcelo Zouain Moura Rocha, da Executiva do PSDB de Vila Velha.
Os integrantes do partido teriam dito no trio elétrico que Enivaldo havia chamado na Assembleia os participantes do movimento de imbecis. Na verdade, o deputado se dirigiu ao presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), quando usou a expressão. Eles também teriam afirmando que Enivaldo pertencia à chamada Era Gratz, e que atuava no interior dentro do grupo.
Segundo interlocutores o fato de Enivaldo ter sido relator das contas de Max Filho no Tribunal de Contas, quando era conselheiro, seria um elemento a mais na rixa. Mas o deputado também não descartaria a ideia de que a movimentação esteja ligada ao fato de ele pretender disputar a eleição em Vitória em 2016, reduto dos tucanos.
O deputado reafirmou na nota sua convicção de que as falas caluniosas têm conotação política, em face de seu nome ser colocado à disposição do PSD para disputar a Prefeitura de Vitória.
Mesmo aceitando as desculpas dos parlamentares tucanos, o deputado voltou a disparar contra o PSDB. Disse que o partido não tinha moral para criticar o governo federal e que muito da crise vivida hoje no País tem como origem a onda de privatizações realizadas no governo Fernando Henrique Cardoso.