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Entrada de ??ngela Silvares no TCE fortalece grupo de Hartung

Um dos elos mais importantes do arranjo institucional que sustentou o governo Paulo Hartung nos dois mandatos foi o Tribunal de Contas do Estado (TCES). Tanto que, quando esteve à frente governo, o peemedebista indicou aliados políticos para garantir maioria no plenário da Corte de Contas. E esta parece ser uma de suas preocupações para o terceiro mandato. Tanto que, antes mesmo de tomar posse, o governador já estaria articulando a entrada de uma aliada no plenário. 
 
A aliada, no caso, é a sua cunhada, Ângela Silvares, que foi uma das remanescentes do governo Hartung na gestão Casagrande. Auditora de carreira, Ângela foi alçada ao cargo de Secretária de Transparência, ainda no governo de Hartung. A troca foi feita depois de uma consulta de Hartung à Justiça Eleitoral para driblar a regra sobre nepotismo. Em cargo de confiança, como secretária, ela não se encaixaria à regra. 
 
Permaneceu no cargo no governo Casagrande e só deixou a equipe este ano, às vésperas do processo eleitoral. No governo Hartung, ela deve entrar no TCES para garantir o fortalecimento do grupo do governador eleito no Tribunal, garantindo assim que ele não tenha problemas com a corte, possa favorecer seus aliados e, ainda, perseguir desafetos. 
 
Hoje Hartung tem três aliados no plenário, os conselheiros Sérgio Aboudib, que foi se secretário-chefe da Casa Civil, assim como José Antônio Pimentel, que entrou no final do governo de Hartung. O ex-deputado estadual Rodrigo Chamoun foi uma indicação do governador Renato Casagrande, mas é ligado ao peemedebista. 
 
Hartung não teria controle sobre outros três conselheiros: o presidente da Corte, Domigos Augusto Taufner; Carlos Ranna e Sérgio Borges. A entrada de Ângela desequilibraria esse jogo a favor do governador eleito, que passaria a ter maioria no TCE.
 
A vaga para a qual a cunhada do governador estaria cotada é a do conselheiro afastado Valci Ferreira, que em 2016 completa 70 anos, podendo, assim, ser aposentado compulsoriamente. Esta indicação deverá ser política, já que a vaga atual dos auditores, que é o caso de Ângela Silvares, está ocupada por Ranna. 
 
A cadeira de Valci é destinada à Assembleia Legislativa. Mas o clima político indica que o governado não terá dificuldades em fazer a acomodação por meio da indicação dos deputados estaduais. 

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