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Episódio da Venezuela mostra estratégia equivocada de Ricardo Ferraço

Entre os oito senadores brasileiros barrados na Venezuela está Ricardo Ferraço (PMDB). Não é a primeira vez que o parlamentar se mete em confusões diplomáticas, revelando uma estratégia que não é vista por especialistas em política internacional como das mais inteligentes. Os episódios envolvendo o peemedebista podem até lhe garantir visibilidade, mas são um risco para sua imagem. 
 
Na questão da Venezuela, a comitiva organizada por PSDB e DEM, tendo como grande liderança o senador tucano Aécio Neves, tem um transparente viés político, ligado à movimentação da oposição para enfraquecer o governo federal.
 
A ideia é a de colocar sob pressão a presidente Dilma Rousseff, colocando-a em situação desconfortável com a Venezuela, em um assunto que nem se tem total clareza das motivações das prisões dos opositores venezuelanos. Isso tiraria da petista a capacidade de mediação entre demais países do cone sul.
 
Para os meios políticos capixabas, a movimentação de Ricardo Ferraço mostra sua afinidade com Aécio, o que pode indicar uma tentativa do capixaba de fechar a ida para o PSDB por cima, pela nacional, o que evitaria a conversa com o PSDB local, que tem controle do governador Paulo Hartung (PMDB).
 
Mas as consequências dessas atitudes podem trazer desgaste político para o senador e coloca o Brasil em uma situação diplomática desconfortável com os países vizinhos. 
 
Não é a primeira vez que Ricardo Ferraço faz movimentos considerados arriscados neste campo. À frente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), o senador foi responsável pela fuga do senador oposicionista Róger Molina da Bolívia para o Brasil, alegando que ele corria risco de morte em seu país. 
 
O senador também foi bastante ativo para verificar a situação de torcedores do Corinthians presos, também na Bolívia, após a após a morte do torcedor Kevin Espada, de 14 anos, atingido por um sinalizador durante jogo do Corinthians contra o San José, em um jogo da Taça Libertadores da América. 
 
O senador atuou para que os torcedores retornassem ao Brasil, porque, segundo ele, estavam sendo “objeto de barganha política” por parte do governo da Bolívia, em virtude do asilo concedido a Molina pela Embaixada do Brasil.

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