No mapa do PMDB para as composições estaduais, o Espírito Santo está entre os 18 considerados situações mais tranquilas de acomodação. A avaliação é do presidente nacional do partido, senador Valdir Raupp (RO). Ele fez um panorama para o Valor Econômico dessa sexta-feira (14) das discussões do PMDB nos estados e as composições ao lado do PT.
Para os meios políticos, essa movimentação do PMDB nos estados em que tem interesse eleitoral é o real motivo do imbróglio com o governo federal, e não apenas as expectativas por mais espaço ministerial pelo partido. Confusão que chegou até a inflar a tentativa de lideranças do partido a convocar uma pré-convenção.
Foi preciso a intervenção do vice-presidente Michel Temer para evitar o encontro, que poderia culminar com o rompimento do PMDB com o PT. Mas para isso, os deputados federais do partido, que puxavam o movimento, precisariam da adesão de diretórios estaduais, mais voltados para as situações políticas regionais.
Os problemas mais graves são na Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Piauí, Acre e Mato Grosso do Sul, onde os partidos estão rompidos. No Ceará e no Rio de Janeiro estão prestes a romper. Nos demais estados a situação é menos complicada, segundo Roupp. No Espírito Santo, o presidente do partido acredita que a aliança é “possível”.
O problema é que parte do PT não aceita a aliança com o PMDB por causa das afinidades entre os peemedebistas e o ninho tucano. Além disso, um dos nomes colocados para encabeçar uma chapa ao governo, o senador Ricardo Ferraço, vem assumindo uma postura crítica ao governo federal. No PMDB também há restrições a uma aliança com o PT, por causa da disputa proporcional que deixaria as chapas federal, e principalmente estadual, muito pesadas.