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Eventual aliança entre Audifax e PDT não chega a afetar imagem de Vidigal

A notícia de que o prefeito da Serra Audifax Barcelos (Rede) teria iniciado uma aproximação com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, para tratar de um eventual apoio à sua candidatura à reeleição, apesar de rebatida pelo deputado Sérgio Vidigal, principal estrela do partido no Estado, causa um certo estrago à imagem do ex-prefeito, que se movimenta para disputar a eleição do município com seu maior rival, mas ao mesmo tempo também mostra que a situação de Audifax não é nada confortável.
 
Essa percepção das lideranças políticas locais surgiu por causa da divulgação nesta quarta-feira (11) de uma pesquisa eleitoral que coloca Vidigal bem à frente de Audifax na corrida à prefeitura serrana. A pesquisa Flex Consult, publicada pelo jornal on line Folha Vitória, aponta no levantamento espontâneo, que Vidigal teria 19,5% intenções de votos contra 9% de Audifax. Na pesquisa induzida, Vidigal aparece com 44,3% e Audifax com 21,3%. Embora o índice de de indecisos ainda seja grande, mais de 50%, a divulgação da pesquisa já movimenta a eleição em favor do pedetista. Mesmo que o cenário não seja o que é apontado na pesquisa, o nome de Vidigal ganha impulso com os números.
 
Audifax, por sua vez, assim como a maioria dos gestores que vão buscar a reeleição em 2016, sofre desgaste pela rejeição da população a políticos que estão no poder, diante da crise política. Com a crise econômica, o fim do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap) e os problemas na administração, o prefeito enfrenta desgaste e fica apreensivo com a vantagem aberta por Vidigal. 
 
Como saiu derrotado do último pleito contra Audifax e venceu a disputa em 2014 para deputado federal, como o mais bem votado do Estado, Vidigal se torna um nome mais forte no novo embate contra o prefeito. Por isso, a estratégia seria a de jogar na rua um possível acordo com o PDT, aproveitando o momento de fragilidade do deputado federal, que enfrenta um processo disciplinar dentro do partido por não ter seguido a orientação da nacional e ter votado a favor do impeachment da presidente Dilma.
 
Dentre a sanções previstas para a desobediência, o PDT ameaça expulsá-lo, o que o deixaria sem legenda para a eleição municipal deste ano. Mas para os meios políticos, a posição da cúpula do partido, que será decidida pelo diretório, no próximo dia 30, não deve se confirmar. Afinal, além de Vidigal outros cinco parlamentares do partido desrespeitaram a decisão. Se todos forem expulsos, o partido cai de 19 para 13 deputados federais, o que não é interessante para o PDT. 
 
Todos esses elementos devem contribuir para que a Serra tenha uma das mais competitivas disputas da Grande Vitória. Além de Audifax e Vidigal, o cenário deve ter como candidatos o ex-deputado estadual Vandinho Leite (PSDB), o deputado federal Gilvado Vieira ou o ex-deputado estadual Roberto Carlos, pelo PT, e o deputado estadual Bruno Lamas (PSB). Outros nomes também buscam consolidação como a presidente da Câmara de Vereadores, Neidia Pimentel (PSD) e o vereador Giedeão Svensson (PR). 

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