Sexta, 10 Mai 2024

Francisco Lacerda esboçou apoio a Jango, mas cedeu aos militares

Francisco Lacerda esboçou apoio a Jango, mas cedeu aos militares
Só no dia 29 de março de 1964, portanto, dois dias antes do golpe militar, é que assunto começa a ser tratado pra valer no Espírito Santo. O governador Francisco Lacerda de Aguiar - o Chiquinho - recebe dois oficiais da Polícia Militar de Minas Gerais com o recado do governador Magalhães Pinto de que uma revolução estava a caminho para derrubar o presidente João Goulart.
 
Desconfiado com o inesperado assunto, e ainda por cima sem entender direito o real sentido do iminente golpe, que era tratado à época pelos emissários como revolução, o governador solicitou, na hora, a presença do seu chefe de Polícia no Palácio Anchieta, coronel Macedo Andrade. O governador queria explicações detalhadas sobre o que estava acontecendo no País. O coronel não titubeou, depois de ouvir os seus colegas mineiros de farda, cravou: "É um golpe militar, governador".
 
Presença externa
 
Havia, ainda, da parte dos coronéis emissários do governador mineiro, a expectativa de adesão do governador capixaba ao movimento golpista, pressionado, naquele instante, por um comunicado bombástico. Devido à posição estratégica do Espírito Santo, no centro do País, e às suas instalações portuárias ptribunrivilegiadas, era bem provável que uma esquadra norte-americana aportasse na costa capixaba para dar cobertura ao movimento dos militares.
 
No dia segucainte ao encontro do governador Chiquinho com os coronéis do governador mineiro Magalhães Pinto, os sindicalistas capixabas, já sabendo da conversa dos dois governadores e também com informações que partiam das entidades sindicais do Rio de Janeiro, partiram para organizar a resistência ao golpe militar no Espírito Santo.
 
A CGT (Comando Geral dos Trabalhadores), órgão máximo do sindicalismo no Estado, tomou a liderança do movimento, ao lado da Frente de Mobilização Popular e da UEE (União Estadual dos Estudantes). Estabeleceram uma vigília e adotaram o Sindicato dos Arrumadores como sede do movimento de resistência.
 
Igreja no golpe 
 
Pelo País, civis golpistas, como o governador do Rio de Janeiro, Carlos Lacerda, pressionavam os militares para a imediata derrubada do presidente João Goulart, o Jango, e criavam condições de simpatia ao golpe, principalmente com ajuda da ala conservadora da Igreja Católica, que, através das Marchas da Família com Deus pela Liberdade, foram às ruas em todos os estados com a missão de legitimar o movimento golpista dos militares. Em Vitória, a marcha ocorreu uma semana antes da tomada do poder.
 
Em que pese a contribuição da Igreja em favor do golpe no Estado, o destaque maior era o jornalista Djalma Juarez Magalhães, que dirigia, na época, o jornal "A Tribuna". Ele pregava abertamente a derrubada do presidente Jango Goulart, denunciava o movimento sindical local e atacava os comunistas do Estado. Na Assembleia Legislativa, dois deputados faziam coro com Djalma: Élcio Pinheiro Cordeiro e Isac Lopes Rubim. Duelavam diariamente com o deputado Mário Gurgel, defensor da manutenção de Jango no poder.
 
Um bem orquestrado argumento de que Jango tramava a implantação de uma república sindicalista, atentando portanto contra a democracia e a legalidade, impregnava a população e desgastava o presidente, com a ajuda da imprensa golpista, como O Globo e o Estado de S. Paulo, que sustentavam a tese. Aqui no Estado, o jornalista Djalma Juarez Magalhães em A Tribuna engrossava a frente para derrubada de Jango. Neste quadro agitado e conturbado, a Folha Capixaba, porta-voz dos comunistas no Estado, e o jornal A Gazeta eram os jornais que defendiam o mandato do presidente Goulart.
 
Passeata pela legalidade
 
No dia 31 de março eclode o movimento militar em Minas Gerais, com o general Mourão Filho seguindo com as tropas para o Rio de Janeiro para proteger o governador Carlos Lacerda. Nesse dia, em Vitória, seguidas reuniões foram realizadas no Sindicato dos Arrumadores, para onde se deslocou o comando da CGT. Foi ali decidido que seria feita uma marcha ao Palácio Anchieta para buscar a adesão do governador à manutenção do presidente João Goulart no governo.
 
Mas, justamente naquele dia, o governador manteve-se distante do Palácio Anchieta, recolhendo-se à residência de verão da Praia da Costa, onde contumava hospedar, até com certa frequência, o presidente João Goulart.
 
No dia 1 de abril, a passeata seguiu, ainda pela manhã, para o Palácio Anchieta para pressionar o governador Chiquinho a enfrentar o golpe. A manifestação foi organizada pela CGT no Estado, UEE, Frente de Mobilização Popular, Frente de União dos Lavradores, Movimento Pela Encampação da Companhia Central Brasileira de Energia Elétrica e a JUC (Juventude Universitária Católica).
 
Era, contudo, uma passeata sem faixas, contando apenas com um modesto quadro negro onde estava escrito "abaixo a ditadura". O estudante franzino que carregava com dificuldade o estandarte do protesto era Perly Cipriano, hoje subsecretário estadual de Direitos Humanos.
 
Os manifestantes ficaram de plantão na porta do Anchieta aguardando o governador. Mal ele chegou, foi cercado pelos líderes dos manifestantes, prometendo responder ao pedido de adesão ao movimento de resistência ao golpe com um manifesto a favor de Jango. Subiu as escadas do Palácio aplaudido.
 
Um público, que não ia além de mil pessoas, ficou em vigília na porta do Palácio aguardando a manifestação do governador. Neste intervalo, notando que havia apenas um único deputado entre eles, um manifestante gritou: "Deputado Mário Gurgel, onde estão os deputados da Frente Nacionalista?" Gurgel respondeu: "Deputado Mário Gurgel! Presente!"
 
Manifesto pífio
 
Contudo, ao chegar ao seu gabinete o governador encontrou o jornalista Djalma Juarez Magalhães, que o colocou imediatamente no telefone com o general Golbery de Couto e Silva, um dos articuladores do golpe, pedindo moderação e aconselhando o governador a não defender a permanência de João Goulart. Alertou-o de que a vitória do movimento militar estava por horas.
 
Nesse momento, em que os dois estavam ao telefone, já eram isoladas no País as resistências ao golpe. No Rio de Janeiro, o almirante Aragão, à frente do Corpo de Fuzileiros Navais, esboçava uma pálida reação. Em São Paulo, o comandante do Segundo Exército, general Amaury Kruel, de notórias ligações com o presidente João Goulart, estava em vias de aderir ao golpe. O presidente João Goulart já estava se retirando de Brasília para o Rio Grande do Sul, onde as tropas declararam fidelidade ao seu governo.
 
Essa situação favorável à vitória do golpe militar fez com que o governador Chiquinho abortasse a promessa de conversar com os manifestantes. Da sacada do Palácio Anchieta ele leu um breve manifesto em que dizia ser pela democracia e legalidade, o que habitualmente era dito pelas duas partes, já que os golpistas acusavam Jango de atentar contra a democracia, acusando-o de querer instalar uma república sindicalista no País. E o seu manifesto, que não passou de uma simples nota, acabava rogando à padroeira do Estado, Nossa Senhora da Penha, que protegesse o povo capixaba. Era a única expressão que não era dúbia no seu manifesto.
 
Prisões sem traumas
 
Neste mesmo dia, o coronel chefe de Polícia, Macedo Andrade, foi solicitado no Trigésimo Oitavo Batalhão do Exército, em Vila Velha, para participar de uma reunião com o comando da guarnição. Dois majores desejavam colocar a tropa na rua para marcar a vitória do movimento e iniciar a prisão de paisanos comprometidos com a resistência ao golpe militar, a começar por dirigentes comunistas e líderes sindicais. Os majores Pereira e Romão foram dissuadidos pelo comandante da guarnição, coronel Newton Fontoura Reis, um oficial moderado, que transferiu a tarefa das prisões para o chefe de Polícia.
 
Foram presas 40 pessoas, entre elas toda a direção do Partido Comunista, intelectuais de esquerda e dirigentes sindicais. Dos estudantes foram presos apenas três: Cláudio Lachini, Jaime Lanna Marinho e Roberto Pinheiro Cortês. O chefe de Polícia usou a discrição para prendê-los. Pediu à maioria que se apresentasse no Corpo de Bombeiros, onde havia reservado um pavilhão para recolher os presos políticos. Poucos foram os que chegaram no camburão da polícia.
 
Entre as figuras importantes da esquerda, que se achavam recolhidos ao Corpo de Bombeiros, estavam o médico Aldemar de Oliveira Neves, o folclorista Hermógenes Lima Fonseca, o ex-deputado Benjamim Campos, Clementino Santiago, o músico Maurício de Oliveira, Rubens Gomes (o pai), Vespasiano Meireles, Bianor Ribeiro (delegado do Trabalho), Wantuil Siqueira, Antônio Flores (mestre Flores do conjunto musical), Carlito Osório, Alcy Correia da Silva (presidente do Sindicato dos Ferroviários), Augusto Calmon (presidente da Frente de Mobilização Popular, falecido há pouco tempo), Manoel Olímpio Santana (presidente da CGT), Enéias Pinheiro (da Frente de União dos Lavradores), Oswaldo Mármore (do Sindicato dos Portuários) e Telmo Sodré (do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria).
 
Ao passar a lista das prisões para o chefe de Polícia, os oficiais exigiram prioridade para a prisão do jornalista Vitor Costa, que era tido no Estado como principal elemento da linha revolucionária do líder comunista Carlos Marighela. Mas Costa já havia escapulido de Vitória. Junto com Marighela, ele havia sido expulso do Partido Comunista no Quarto Congresso, que exatamente eliminou os defensores das teses revolucionárias.
 
Outra recomendação especial foi para conter a ação dos padres Franz Vitor e Waldir de Almeida em suas atividades políticas. O padre Waldir tinha um programa na Rádio Capixaba (nessa época propriedade da Cúria Metropolitana) e ainda rezava a missa universitária, aos sábados, na igreja São Gonçalo, tida como de cunho comunista pelos militares. Um de seus frequentadores assíduo era o hoje consagrado fotógrafo Sebastião Salgado e o ex-governador Vitor Buaiz. O padre Franz Vitor logo depois foi embora de Vitória e abandonou a batina, enquanto que o padre Waldir ingressou no curso de medicina para ser médico psiquiatra. 
 
"Só o povo salva o povo"
 
No dia 2 de abril de 1964, enquanto o general Costa e Silva organizava o Comando Supremo da Revolução, em Vitória, coagido pelos majores Pereira e Romão, o arcebispo Metropolitano Dom João Batista da Motta e Albuquerque realizou a missa em ação de graças, na catedral, de regozijo pela vitória dos militares. A catedral viveu um de seus dias de maior afluência. Os militares ocuparam os primeiros bancos para acompanhar a missa.
 
O sermão de Dom João teria sido acertado com os militares para que desse destaque à vitória do movimento golpista. E assim foi feito, só que ao seu encerramento que Dom João incluiu uma frase que não estava combinada: "Só o povo salva o povo". Ao final do ato religioso, diversos populares, especialmente integrantes da classe empresarial, dirigiram-se aos militares para cumprimentá-los pelo golpe militar. À frente do cordão de cumprimentos, o presidente da Federação das Indústria Américo Buaiz. O governador Francisco Lacerda de Aguiar, o Chiquinho, também marcou presença no culto religioso.
 
Os jornais do dia 2 de abril festejaram o golpe. A Tribuna portava-se como a verdadeira vitoriosa e A Gazeta se rendia ao movimento golpista. Para mostrar compromisso com os militares, o general Darcy Pacheco de Queirós passou a integrar a diretoria de A Gazeta. O jornal lançou uma edição em que todos os seus repórteres e redatores saudavam o novo regime em artigos individuais. O jornal comunista A Folha Capixaba não circulou naquele dia. E não circularia nunca mais.
 
Após o apoio da Igreja e imprensa, os militares também foram homenageados na Assembleia Legislativa. Praticamente todos os deputados foram à tribuna para saudar o movimento golpista dos militares. Exceção aos deputados Élcio Pinheiro Cordeiro e Mário Gurgel. Cordeiro deixou de discursar como ato de protesto por ter visto vários colegas que se diziam contra o golpe saudando os militares. E o deputado Gurgel, que duelava diariamente com ele, em defesa do mandato do presidente Goulart, deixou para falar por último.
 
Subiu à tribuna e disse que estava ali como um vencido, mas queria ser ouvido como tal. Protestou contra o golpe, que classificou de atentado à democracia, e encerrou dizendo que se curvava diante do vencedor como vencido, mas tinha certeza de que a história os puniria por terem atentado contra a democracia.
 
Muda o centro de poder
 
No dia 9 de abril, o Comando Supremo da Revolução baixa Ato Institucional com medidas punitivas. No dia seguinte, sai a cassação de direitos políticos de 102 pessoas, entre elas o presidente João Goulart e o deputado federal do Espírito Santo Ramon de Oliveira Netto. Ele era uma das lideranças do Bloco Nacionalista na Câmara dos Deputados e autor do substitutivo da reforma agrária, além de ser relator da lei de remessa de lucro para o exterior. Foi o décimo-terceiro dessa lista.
 
Após o golpe, a retomada da vida política foi diferente no Estado. O poder político havia sido deslocado do Palácio Anchieta para o 38o Batalhão do Exército. Especialmente depois que o coronel Newton Fontoura Reis foi substituído no comando da guarnição pelo coronel Bandeira de Melo. O governador Francisco Lacerda de Aguiar estava no seu segundo mandato (já havia governado o Estado entre 1952 - 1955) e era, praticamente, a segunda interrupção, num longo domínio do PSD, dos ex-governadores Carlos Lindenberg e Jones Santos Neves.
 
É real também que esse domínio não se circunscreveu ao PSD. Ele já vinha lá de trás, começando ainda na primeira década do século XX, quando Jerônimo Monteiro foi eleito governador do Estado e prosseguiu até desaguar no PSD. A era jeronimista se funde com a era carlista (Jerônimo e Carlos eram parentes) para formar uma oligarquia que dominou o Espírito Santo até a existência do fenômeno eleitoral Chiquinho - Francisco Lacerda de Aguiar.
 
Dessa forma, quando do golpe militar, o PSD, tendo à frente o deputado estadual Christiano Dias Lopes Filho, ressuscita a tática de derrubar Chiquinho, a partir das novas regras estabelecidas pelo novo regime que eram as cassações de mandatos. Christiano cria uma relação com o 38o BI e subsidia os militares com ataques sistemáticos ao governador na Assembleia Legislativa, que redunda na prisão de um assessor do governador, Fernando Ferreira Amaral (que veio depois a ser o famoso gourmet Ferrinho).
 
A esquerda se modifica
 
Enquanto estava em marcha a deposição do governador do Estado, as áreas de esquerda haviam se desintegrado por completo e ressurgia na Universidade do Espírito Santo (Ufes) uma nova safra de lideranças de esquerda. Dessa vez mais aguerrida para resistir à fase repressora do movimento. Eram destaques Zélia Stein, Jussara Martins e César Ronald. Nessa mesma época, a Universidade criou um departamento de informação e colocou para dirigi-lo o servidor Alberto Monteiro. Os líderes estudantis que atuaram antes do golpe ou se anularam ou foram anulados pela vigilância dos órgãos repressores, ou caíram na clandestinidade, como foi o caso de Perly Cipriano.
 
Da mesma maneira que os meios políticos estudantis reagem dentro dos novos padrões, a Igreja também toma nova direção com a designação de Dom Luiz Gozanga Fernandes para bispo auxiliar de Vitória. A princípio, o religioso estabelece uma relação com os militares tendo como intermediário o ex-governador Arthur Carlos Gerhardt Santos. Cria um manto protetor sobre as entidades ligadas à Igreja e inicia um processo de reformulação da base da Igreja, que passa, inicialmente, pela politização do arcebispo, Dom João Batista da Motta e Albuquerque.
 
Enquanto os movimentos estudantil e religioso se reorganizavam, cai em área de risco o mandato do governador Lacerda de Aguiar com o entrosamento entre os deputados estaduais, capitaneados pelo deputado Christiano Dias Lopes Filho, e o 38o BI. Depois de várias tentativas frustradas para incluir o governador nas listas de cassação, optam por derrubá-lo através de uma CPI na Assembleia Legislativa.
 
Mas a CPI, que tinha o deputado Mário Gurgel como relator, acabou resistindo às pressões, não cassou o governador, e ainda beneficiou-se da cassação do mandato do deputado Élcio Pinheiro Cordeiro, punido pelos militares por se rebelar contra o movimento para cassar o governador. Figura de expressão do golpe no Estado, em meio às pressões dos militares sobre integrantes da CPI, ele foi à tribuna da Assembleia e desafiou a cúpula da guarnição a enfrentá-lo, agredindo moralmente o comandante e os militares mais radicais, especialmente o major Romão.
 
Após o resultado negativo da CPI, o governador Lacerda de Aguiar foi obrigado a entregar sua carta de renúncia, tendo sido substituído pelo vice-governador, Rubens Rangel, que governaria até 1966. Depois dele vêm os governadores indiretos, começando por Christiano Dias Lopes Filho, passando por Arthur Gerhardt Santos, prosseguindo com Élcio Álvares (hoje líder do governo na Assembleia) e finalizando com Eurico Rezende. Com a eleição direta de Gerson Camata, o Estado volta à normalidade democrática.
 
A Igreja se politiza
 
Nesse período dos governadores indiretos, a Igreja surge como instrumento político de transição. Especialmente depois da chegada dos irmãos Taizen (que trabalhavam com jovens e mantinham um conselho de jovens na América Latina, com sede em Vitória). Junto a eles atuavam também dois padres franceses na periferia de Cariacica, André Peufout e Jean Fouregay.
 
Eles iniciam a organização das Comunidades Eclesiais de Base. Atuava também junto a eles o padre Gabriel, assassinado, anos depois, numa outra circunstância, em Cariacica. O nascimento das Comunidades Eclesiais de Base no País ocorre realmente no Espírito Santo, fazendo com que confluíssem para o Estado os interesses da Igreja, já àquela altura sob à égide do Concílio Vaticano II e da Teologia da Libertação.
 
Para transportar para as bases nacionais da Igreja as Comunidades Eclesiais de Base, Frei Betto (hoje assessor de movimentos sociais) veio pessoalmente operar o sistema. Ele ficou no Espírito Santo durante dois anos, o necessário para construir a matriz do movimento e replicar as Comunidades Eclesiais de Base por todo o País.
 
A Igreja também cria uma nova dinâmica política no Estado, com novos setores dentro da sua estrutura, que tiveram enorme grau de influência na vida política do Estado, como foi o caso especial da Comissão de Justiça e Paz, que inicialmente teve à frente o ex-governador José Ignácio Ferreira, que acumulou o cargo com o de presidente da secção da OAB do Espírito Santo. Nessa época, José Ignácio era um político cassado e tinha perdido o seu mandato de deputado estadual junto com o deputado Dailson Laranja (ex-conselheiro do Tribunal de Contas).
 
O último troféu que o regime ditatorial pôde exibir no Espírito Santo foi o estouro de um aparelho do PCdoB, na Ufes, nos anos 70. Faziam parte dele Marcelo Netto ( assessor do ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci), Miriam Leitão (colunista do jornal O Globo), Jorge Luiz de Souza (jornalista), Iran Caetano, Elizabeth Santos Madeira, Sebastião Nascimento, Luzimar Nogueira Dias (já falecido), Luiz Carlos Garcia Genelu, Adriano Sisternais, Marcos Liria Brandão, Madalena Frechiani, Ângela Milanez Caetano, Gustavo Pereira do Vale e Guilherme Lara Leite (todos eles exercendo a medicina no Estado) e mais Maria Auxiliadora (advogada) e Denis Brosseguini (mecânico).

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