Segunda, 29 Abril 2024

Fusão com o PMN assegura controle do novo partido a Luciano Rezende

Fusão com o PMN assegura controle do novo partido a Luciano Rezende

A fusão entre PPS e PMN, criando uma nova sigla, a Mobilização Democrática (MD), resolve um problema para o prefeito de Vitória, Luciano Rezende, que é presidente regional do PPS, mas cria outro. Internamente, ele afasta um perigo que vinha rondando seu controle sobre o partido, um movimento que estaria sendo articulado pelo prefeito de Cariacica, Geraldo Luzia, o Juninho, para a tomada da sigla. Por outro lado, cria uma expectativa sobre o posicionamento do novo partido na eleição do próximo ano.



A expectativa é de que Luciano Rezende passe a controlar a nova sigla fortalecida pela adesão do PMN no Estado. Essa movimentação inibe um processo de fragmentação que estaria acontecendo no PPS local desde o ano passado. Com o posicionamento do prefeito de Vitória, de afastamento do grupo do ex-governador Paulo Hartung (PMDB) uma ação dentro do partido visava a retirar dele o comando do PPS.



Depois da posse, Juninho se aproximou de aliados do ex-governador, sobretudo, do prefeito de Vila Velha, Rodney Miranda (DEM). E estaria em uma campanha interna para reaproximar a sigla do grupo de Hartung, o que só conseguiria retirando de Luciano o controle do partido.



Mas os ecos da composição do secretariado e das movimentações do prefeito de Cariacica teriam chegado à nacional, o que dificultaria ainda mais a movimentação do prefeito. Com a adesão do PMN, o controle do partido teria sido reforçado nas mãos de Luciano, afastando assim a possibilidade de ele vir a perder o comando do partido no Estado.



Mas do ponto de vista eleitoral, o partido agora terá um novo problema. A fusão em nível nacional, a nova sigla pretende ter candidato à presidência da República, o que pode forçar o MD do Estado erguer um palanque para a candidatura do novo partido.



Como o prefeito havia se antecipado a declarar apoio à reeleição de Renato Casagrande, será preciso muito jogo de cintura para não entrar em rota de colisão com os interesses da nacional. O posicionamento do novo partido na disputa eleitoral do próximo ano, vai ter de acomodar os interesses locais às expectativas da disputa nacional.

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