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​Gandini diz que operação da Polícia Federal foi invasão a pedido de Pazolini

Candidato do Cidadania é alvo de investigações por abuso de poder econômico e promover grande evento com pessoas sem máscaras

Em vídeo divulgado na noite dessa quinta-feira (5) e reproduzido no programa eleitoral, o candidato a prefeito de Vitória pelo Cidadania, Fabrício Gandini, tachou de invasão a operação da Polícia Federal realizada na Prefeitura de Vitória, na produtora de vídeo Crona e Black Vídeo, e também na Enquet Pesquisa de Opinião Pública, por determinação do juiz eleitoral José Luiz da Costa Altafim. 

A ação judicial, que parte das investigações para apurar abuso de poder econômico e poderão resultar na cassação de candidatura de Gandini, foi instaurada a pedido da coligação “Vitória Unida é Vitória de todos”, dos partidos Republicanos, do candidato Lorenzo Pazolini, Democratas, Solidariedade e MDB. Gandini, segundo a denúncia, estaria se aproveitando da influência que tem na prefeitura desde quando era supersecretário do prefeito Luciano Rezende (Cidadania).

“Eu venho denunciar o maior grupo criminoso que veio colocar as garras na política do Espírito Santo. Eu já imaginava, eles revidaram. Hoje invadiram o local onde fica o estúdio de gravação dos meus programas eleitorais. E o pedido partiu exatamente do delegado Pazolini, o que não nos impressiona”, afirma Gandini no vídeo. .

Em outro trecho, aponta: “Sabemos como esse grupo político age, sempre na truculência, invadindo hospitais, tentando ganhar na base da ignorância. Vitória não é uma delegacia. Não tenho medo, nem tenho o que esconder. Nem meu trabalho, nem meus aliados. Continuaremos com a nossa campanha e não vamos nos intimidar”.

E conclui: “Quem quer a paz de verdade não invade hospital, não nomeia a filha de Magno Malta no gabinete, depois vai dizer que fez processo seletivo e, principalmente, não recorre a favor político de criminoso e bicheiro”.

Ao citar “político criminoso e bicheiro”, Gandini faz uma clara referência aos ex-deputados José Carlos Gratz e Marcos Madureira, esse último suplente do candidato Pazolini na Assembleia Legislativa, que ocupará a vaga deixada por Pazolini, caso saia vitorioso na votação do próximo dia 15.

Sobre a invasão ao hospital, Gandini se refere à “inspeção” que um grupo de deputados estaduais realizou ao Hospital Dório Silva, na Serra, acatando sugestão do presidente Jair Bolsonaro, em junho, em sua estratégia de desestimular a população a acatar as recomendações médico-sanitárias de combate à Covid-19. Pazolini foi um dos que que participou, com divulgação depois em suas redes sociais.

Além dessa ação, Gandini é alvo de outras pedindo a cassação de sua candidatura, ajuizada pelos advogados André Moreira e Carlos Luiz Zaganelli na Procuradoria Regional Eleitoral, para apurar as responsabilidades pela promoção de um evento público sem o uso de máscaras e com aglomeração de pessoas, realizada no último dia 26, no Clube Álvares Cabral.

O “Grande Encontro 23” teve várias fotos divulgadas em redes sociais e em material de campanha de Gandini, que, dias depois, testou positivo para a Covid-19, o mesmo ocorrendo com o prefeito Luciano Rezende, o vice de Gandini, Natan Medeiros (PSL), os vereadores Leonil e Denninho (Cidadania), o deputado federal Felipe Rigoni (PSB) e outros participantes.

Após a repercussão negativa, várias fotos onde aparecem grupos de pessoas sem máscaras participando do evento foram apagadas por políticos envolvidos das redes sociais.

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