Se depender do deputado federal Givaldo Vieira a eleição na Serra vai ter terceira via, sim, mesmo que o PT esteja dividido quanto à disputa. A área sindical do partido tem uma simpatia pelo palanque do deputado federal Sérgio Vidigal (PDT) e uma parte da bancada de vereadores mais a vice-prefeita Lourência Riani estariam mais próximos do palanque do prefeito Audifax Barcelos.
Mesmo com os contratempos, Givaldo construiu consenso na convenção realizada no último sábado (30), em Manoel Plaza, Carapina. O encontro contou com a presença de lideranças do partido como o colega de bancada, Helder Salomão, o ex-prefeito de Vitória João Coser, a ex-deputada federal Iriny Lopes e o pré-candidato a prefeito em Vitória, Perly Cipriano .
Para alguns petistas históricos, o partido pode cair em uma armadilha se ficar no palanque de Audifax. Haveria uma expectativa de manter a vice na mão do PT e fortalecimento da chapa de vereadores do partido, mas Audifax já teria prometido a vice à ex-secretária de Educação Márcia Lamas e a chapa pode ser abandonada pelos outros atores do palanque da situação.
Já com o palanque de Vidigal, a impossibilidade de aliança vem da Nacional, já que Vidigal votou a favor do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Isso fortaleceu o desejo de Givaldo Vieira em disputar a eleição, se apresentando como terceira via.
Com o recuo da candidatura de Vandinho Leite (PSDB), agora vice de Vidigal, e a movimentação de Audifax em direção a PSB, o caminho para que o PT se coloque contra a polarização fica livre para que Givaldo, que pode explorar sozinho o discurso da alternância de poder na Serra entre Vidigal e Audifax nos últimos 20 anos.
Discurso afiado para isso o petista já tem. “O município não pode ficar refém de uma política atrasada, com dois grupos que se revezam no poder há 20 anos e não estão preocupados com os interesses reais da população”, disse o candidato durante a convenção do PT.
