Na próxima quarta-feira (6), a presidente do PT Nacional, senadora Gleisi Hoffmann se reúne com representantes do partido,em Brasília, para buscar uma conciliação para a polêmica levantada na eleição da estadual do partido, realizada em maio passado, que reelegeu João Coser no comando da sigla no Estado. O encontro é o resultado de um recurso impetrado pelo grupo candidato a presidente derrotado na disputa, o deputado federal Givaldo Vieira.
O grupo apresentou à nacional um recurso, ainda em maio, denunciando a cooptação de delegados por parte da chapa de Coser. O deputado federal chegou ao Encontro Nacional com mais delegados do que a chapa de Coser, mas o resultado da votação foi diferente. Coser venceu a eleição por 128 a 122.
Nas prévias dessa eleição, Coser conseguiu 53 delegados para o Congresso e se aliou à chapa encabeçada pelo deputado estadual José Carlos Nunes, que elegeu 71 delegados. Somados os votos de Coser e Nunes, a aliança teria ficado com 124 delegados, um a mais que a chapa de Givaldo, que elegeu 123 delegados.
Givaldo, porém, ganhou o apoio do grupo minoritário do partido, ligado à corrente “O Trabalho”. Esse apoio renderia a Givaldo mais três delegados para o Congresso. A expectativa era de que Givaldo vencesse Coser por uma diferença de dois votos, mas surpreendentemente Coser abriu seis votos sobre o adversário da chapa Pra Voltar a Sonhar.
No encontro do próximo dia 6, o primeiro ponto a ser avaliado será um ponto pacificado no congresso, a saída do PT da base do governo do Estado e a entrega dos cargos ocupados por lideranças. Essa meta foi cumprida com a entrega do cargo de Secretário de Assistência Social e Trabalho, Carlos Casteglione. Outros integrantes do partido relutaram em deixar os cargos. Lucia Dornellas pediu licença do PT e se manteve no cargo de assessora na Secretaria de Estado de Desenvolvimento. Já Leonardo Deptulski preferiu se desligar do partido para seguir no governo.
O segundo momento do encontro com Gleisi Hoffmann será a decidir sobre como será feita a divisão do diretório e Executiva do partido no Estado, de acordo com o resultado da eleição. Mas, no encontro da próxima semana, não está descartada uma nova reclamação. Isso porque o grupo de Givaldo pleiteia a anulação da eleição e uma nova disputa.