terça-feira, janeiro 21, 2025
25.5 C
Vitória
terça-feira, janeiro 21, 2025
terça-feira, janeiro 21, 2025

Leia Também:

Governador segue com articulações para costura nacional de 2018

Na mesma viagem a São Paulo, nessa quarta-feira (20), em que esteve com o empresário Guilherme Leal, que foi candidato a vice na chapa de Marina Silva (Rede) em 2014, o governador Paulo Hartung também esteve com o governador daquele estado, Geraldo Alckmin (PSDB). O assunto, oficialmente, foi o mesmo, a conjuntura nacional e as eleições do próximo ano. 
 
Esta foi mais uma movimentação nacional do governador, que tem se reunido com lideranças nacionais de vários partidos, alimentando a expectativa sobre sua acomodação para o processo eleitoral de 2018, em que também tergiversa sobre o cargo a disputar, considerando de vice-presidência à reeleição para o governo do Estado. 
 
Para a imprensa nacional, Hartung está com o pé no DEM, mas tem sido contido por lideranças do PMDB que estariam trabalhando pela permanência do governador, como afirma o jornal Valor Econômico desta sexta-feira (22). Mas as movimentações do governador apontam para vários caminhos. 

 

Ele tem mantido conversas constantes com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, do DEM, e também já teria conversado com o presidente da sigla, Agripino Maia, sobre sua filiação, acompanhado de três deputados federais. 
 
No mês passado, o governador esteve com o presidente interino do PSDB, Tasso Jereissati, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que teriam aberto as portas do ninho tucano para ele. Quem também convidou Hartung para se filiar ao partido, isso ainda no início do ano, foi Gilberto Kassab, do PSD. 
 
Hartung também anda se aproximando do prefeito da Serra, Audifax Barcelos (Rede), e na quarta-feira se reuniu com Guilherme Leal, o que pode sugerir um interesse no partido de Marina Silva. Mas para algumas lideranças, o governador estaria apenas cercando o campo para barrar as movimentações do deputado estadual Sergio Majeski (PSDB), que pode ser um grande adversário de Hartung na disputa do próximo ano. Majeski é protegido da atual gestão tucana e, em caso de aproximação do governador com o partido, teria como opção a Rede, oferecendo um palanque para a presidenciável do partido na oposição a Hartung. Daí a necessidade de fechar o campo. 
 
Mas as movimentações nacionais podem atrapalhar os planos de Hartung. O PSDB vive hoje um dilema interno para construir seu caminho em 2018, o que põe o partido em rota de colisão com antigos aliados, como o próprio DEM. Os tucanos conversam com o PSB, que está em rota de colisão com o DEM por causa do assédio à bancada socialista na Câmara, que pode levar 10 partidos do PSB para o DEM. 
 
O PSB também quer ter candidato próprio em 2018, mas não tem conseguido um nome de peso para a empreitada. O PSDB oferece o governo de São Paulo para Márcio França em troca do apoio socialista ao palanque tucano. 
 
Aí está o nó, quem tem influência direta na articulação nacional entre os ninhos, o da pomba e o do tucano, com Renato Casagrande disposto a fechar as portas para o governador Paulo Hartung a qualquer custo. 

Mais Lidas