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Grupo de Luciano tenta sufocar oposição com corte de cargos

O vereador Roberto Martins (PTB) tem se destacado na Câmara de Vitória pela postura crítica aos atos da prefeitura e da gestão da própria Casa. Na última sexta-feira (14), ele declarou ao jornal A Tribuna, que os vereadores da capital têm até 300 cargos pra indicar no legislativo municipal. Não passou impune, como retaliação, o vereador teve dois cargos comissionados cortados da Mesa Diretora da Casa.
 
A estratégia de sufocar a oposição, porém, não parece ser bem-sucedida, afinal, aconteceu logo depois da declaração do vereador, que não parece preocupado com qualquer perseguição do grupo do prefeito Luciano Rezende (PPS) na Câmara e nem um pouco disposto a mudar sua postura crítica em relação às gestões do prefeito e da Mesa Diretora.
 
“O presidente da Câmara de Vitória, Vinícius Simões (PPS), perdeu a compostura e mostrou seu viés ditatorial. O recado está dado aos demais vereadores: quem questionar a estrutura populista da Casa ou as ineficiências da prefeitura será punido”, alerta o vereador.
 
Havia quatro cargos de Martins na Mesa. Dois foram exonerados pela Casa e o vereador pediu a exoneração dos outros dois. “Depois que revelei um esquema de distribuição de cargos na presidência e administração da Casa, passei a ser perseguido e Vinícius Simões cortou dois cargos do meu partido, que já estavam na Câmara há muitos anos, portanto não foram minhas indicações, também suspendeu os contratos dos estagiários do meu gabinete. Todos os vereadores têm direito a três estagiários, somente eu não terei mais”, afirma Martins.
 
Para os meios políticos a atitude da presidência da Casa deve ter um efeito contrário. Sem nenhum cargo indicado na Mesa ou na gestão municipal, Martins ficará ainda mais livre para fazer os apontamentos, que tanto têm incomodado o grupo do prefeito.
 
O vereador vem denunciando o gasto de dinheiro público com acomodações políticas. De acordo com o vereador, quase todas as áreas sofreram cortes de gastos este ano, apresentadas no Orçamento. Ele afirma que houve uma inversão de prioridades porque duas áreas fundamentais sofreram redução de verba. A Educação, com um corte de 7% e a Saúde com 8%.
 
Enquanto isso, destaca o vereador, houve aumento nos gastos com o Legislativo, com publicidade e com o essencial de Justiça. Além disso, o município tem investido mais em segurança, que é obrigação do Estado do que em áreas que são de competência da prefeitura.
 
Fiz indicação para que o prefeito utilize parte do superávit do ano passado, no valor de 51 milhões, na Educação e que melhore o orçamento para 2018, já que neste ano, houve redução da verba orçamentária para este fim.
 
Sobre os cortes o vereador afirma que está com a consciência tranquila, pois defende concurso público para os cargos, o que tornaria o legislativo independente da influencia do Executivo. “Não estou em guerra, apenas defendo uma Nova Política, a começar da capital. Defendo Concurso Público para ocupar os cargos na CMV”, disse.

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