Com uma grande bancada na Câmara dos Deputados, o PT é um partido que tem um trunfo para as eleições municipais deste ano: o tempo de TV. Não fosse o desgaste causado pelos escândalos nacionais envolvendo o partido e o perfil conservador do eleitorado de Vitória, a aliança com o PT seria alvo de cobiça de muitos partidos.
Mas a maioria das agremiações não deve procurar o PT para compor aliança. Mas o fato de o PSDB ter um nome competitivo na disputa, com Luiz Paulo Vellozo Lucas, faz com que o PT não abra mão de ter um palanque na disputa. Além da defesa do governo federal, o partido quer marcar posição sobre o legado do partido na prefeitura de Vitória, posto que já ocupou por três vezes: uma com Vitor Buaiz e duas com João Coser.
Mas internamente a definição da candidatura ainda requer muito debate. O nome do professor Max Dias já foi lançado por um grupo independente, que vem trabalhando o fortalecimento de sua pré-candidatura. O grupo ligado ao ex-prefeito João Coser pretendia levar a disputa interna com o seu ex-secretário de Saúde Luiz Carlos Reblin (atualmente à frente da Saúde na Serra), mas ele não teria aceitado a empreitada.
Mas isso não significa que Max Dias vira como candidato único. Um grupo dentro do partido entende que o momento seria de o partido ter um candidato histórico na disputa. A estratégia dos simpatizantes dessa ideia é tenta convencer o ex-subsecretario estadual de Direitos Humanos Perly Cipriano a entrar na disputa.
O grupo defende que Perly é um nome com boa aceitação, história no partido e condições de defender o legado petista na cidade. O grupo teria ainda uma segunda opção, o ex-vereador Eliezer Tavares, mas a preferência ainda pende mais para a candidatura de Perly.
O partido deve definir o nome na disputa até o fim deste mês. Mas as discussões em Brasília envolvendo o iminente afastamento da presidente Dilma Rousseff do cargo deixam as pretensões petistas na eleição em segundo plano.