Com a sobrevivência de sua chapa, após a saída de três prefeitos, o grupo do prefeito de Viana, Gilson Daniel (PV), mostrou resistência e se fortaleceu na disputa pela direção da Associação dos Municípios do Estado (Amunes). Mesmo com investida agressiva, grupo palaciano não consegue forçar o consenso na candidatura do prefeito de Linhares, Guerino Zanon (PMDB).
Nem mesmo a entrada do governador Paulo Hartung (PMDB) na disputa, tentando esvaziar a candidatura de Gilson Daniel, colando nele o rótulo de agente de politização da eleição, conseguiu convencer os prefeitos a aderirem ao grupo palaciano.
Contribui para minar o poder de convencimento do Palácio Anchieta o fato de a eleição ser decidida com voto direto e em votação secreta, o que protege os prefeitos de futuras represálias. Na situação do prefeito de Vila Velha, Max Filho (PMDB), com dívidas com a entidade, o que impede o voto, estão outros prefeitos do Estado, o que diminui o quórum de votação, favorecendo os votos já consolidados do prefeito de Viana.
Outro fator que fortaleceu Gilson Daniel foi o encontro com o presidente Michel Temer (PMDB) nessa terça-feira (21), conseguindo sinalizações positivas para os municípios capixabas. O encontro foi promovido pela principal cabo eleitoral do prefeito na disputa, senadora Rose de Freitas (PMDB), reforçando o discurso de que o grupo tem condições de articulação enquanto o governo do Estado têm deixado os prefeitos à míngua com sua política de austeridade.
A entrada de Guerino Zanon na disputa com selo palaciano não foi suficiente, como imaginava o governo, para forçar a migração dos eleitores de Gilson Daniel para a chapa palaciana. A estratégia de convencimento acionou vários aliados do governo para abordar os prefeitos, mas não tem conseguido o êxito esperado e a chapa do prefeito de Viana, continua na frente da corrida eleitoral, segundo a contabilidade dos bastidores.