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Hartung ‘documenta’ desempenho no governo e reforça neutralidade

O artigo do governador Paulo Hartung (PMDB) publicado na edição dominical do jornal Folha de S. Paulo (26/10/2015) teve interpretações diferentes nos meios políticos. Para os deputados estaduais escalados para repercutir o assunto na Assembleia, o texto foi providencial. Marcelo Santos (PMDB) e Rodrigo Coelho (PT) elogiaram o artigo e destacaram a o momento de crise e a necessidade de buscar saídas compartilhadas, que se transcedam as discussões partidárias. 
 
Para as lideranças políticas, o artigo do governador tem um viés político muito forte. Serviria para registrar os movimentos atuais no governo, agravando o cenário de crise encontrado, que valorizaria a superação do movimento de turbulência financeira do País e do Estado. 
 
“No Espírito Santo, desde o primeiro dia de nosso mandato, estamos enfrentando a crise basicamente com a depuração modernizante da gestão. Além de mirar nesses dois grandes campos de batalha, é tarefa inadiável dar especial atenção aos setores que podem nos ajudar a sair do olho do furacão, garantindo empregos, geração de renda e um fôlego maior à arrecadação”, escreve o governador em seu artigo.
 
A afirmação serve como um registro dos feitos de Hartung para o futuro. Desde o processo eleitoral, o peemedebista vem sustentando que a crise no Estado foi causada por falta de capacidade gerencial do seu antecessor. Para os observadores desse movimento, é preciso tencionar esse cenário para que o resultado do governo atual possa ter mais visibilidade. Neste sentido, o artigo no jornal de circulação nacional garante o registro.
 
Além disso, o texto fortalece a ideia de que Hartung, pelo menos por ora, não quer se comprometer com a disputa nacional entre o governo federal e a oposição. “Fixada a missão, é o caso de trabalharmos incansavelmente por meio de uma rede colaborativa em favor do Brasil e dos brasileiros”, diz o governador no artigo.
 
Essa postura também vem sendo administrada por Hartung desde o início do governo. Mesmo eleito no palanque de Aécio Neves (PSDB-MG), o peemedebista evita entrar em rota de colisão com o governo federal, com quem mantém relação institucional.

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