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Hartung investe em aproximação com eleitorado e Casagrande reage

O governador Paulo Hartung (PMDB) segue em sua campanha em busca de aproximação com o eleitorado. Depois da entrevista no jornal Metro, que tem distribuição gratuita na Grande Vitória, o governador participou na manhã desta quarta-feira (27) de um hangout, uma transmissão ao vivo em que ele respondeu perguntas enviadas por internautas.
 
Mais uma vez, Hartung deu destaque em todas as ruas respostas na crise econômica do País e, no que chama de descontrole do Estado, situação que afirma ter encontrado ao assumir o governo em janeiro deste ano. O governador foi questionado sobre problemas concretos, mas suas respostas foram evasivas, condicionando as realizações futuras a uma reorganização que estaria em pleno curso no Estado. 
 
A estratégia de Hartung, para os meios políticos é a de tentar reverter uma situação de adversidade. O governador, que deixou o Palácio Anchieta com a popularidade em alta em 2010, vive um momento de desgaste, porque adotou uma política de cortes no início de seu terceiro mandato. Isso causou uma repercussão negativa, que vem se caracterizando na queda de capital político do peemedebista. 
 
Sem a popularidade em alta, o governador teria dificuldade para fechar todos os elos de uma nova política de unanimidade, com um arranjo político e institucional que sustentaram seus governos anteriores. Por isso, Hartung está buscando ferramentas de fazer uma aproximação com a população, de forma indireta, sem precisar voltar às ruas e ouvir diretamente da população as cobranças. 
 
Aliás, o hangout foi marcado por uma série de cobranças dos internautas em relação a concursos e obras paradas. Hartung saiu pela tangente, alegando que as obras foram iniciadas sem os recursos para serem concluídas, e com interesse eleitoreiro. 
 
Reação
 
O ex-governador Renato Casagrande (PSB) usou sua página no Facebook para reagir à entrevista do governador Paulo Hartung no jornal Metro dessa terça-feira (26). O socialista chamou o adversário de “Salvador da Pátria”, retomando um vídeo (abaixo) que está sendo disponibilizado pelo Sindicato dos Servidores Públicos do Estado (Sindipúblicos) com esse tema. 
 
 
Segundo Casagrande, Hartung não tem resultados a apresentar aos capixabas. “O Salvador da Pátria volta a público com seu discurso do caos”. O socialista afirmou ainda que não houve paradas em sua gestão e sim a retirada de projetos que constavam do Orçamento preparado por seu governo, por “pura vaidade e arrogância”. 
 
Casagrande criticou também a relação com os servidores. “Ele diz que servidor público é prioridade, mas demite profissionais, nega reajuste salarial e esquece que, lá atrás, quando negociou com o então presidente Lula uma antecipação dos royalties de petróleo para pagar a folha de pessoal, fez como ele mesmo gosta de dizer, 'uma grande barbeiragem’. Aqueles R$ 300 milhões geraram uma dívida de mais de R$ 1 bilhão. E coube ao nosso governo pagar essa conta”, disse. 
 
O socialista disse que coube ao seu governo ainda retirar o Espírito Santo da lista de inadimplência que impedia o Estado de receber recursos externos. Ele também relembrou a queda do Estado no ranking da transparência de primeiro para nono lugar. “Chega de farsa. Chega dessa velha política mesquinha. O Espírito Santo não precisa de um 'Salvador da Pátria'. Precisa é de honestidade e trabalho sério”, afirmou .

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