O governador eleito Paulo Hartung (PMDB) anunciaria nessa quarta-feira (10) novos nomes que irão compor seu secretariado a partir de 2015, mais uma vez, porém, o peemedebista recuou na apresentação, como fez na última sexta-feira (5).
Ao protelar o anúncio de sua equipe, o governador eleito cria nos meios políticos uma apreensão sobre acomodações da base aliada, mas os comentários nos bastidores são de que Hartung já estaria com o secretariado alinhavado e as acomodações concluídas.
Mas como as movimentações são sempre muito restritas ao grupo do peemedebista, a curiosidade das lideranças é sobre quais os integrantes do legislativo poderão ser aproveitados, abrindo vagas para outros aliados. Além disso, há uma expectativa sobre a colocação de aliados que não se elegeram na equipe.
Essas movimentações já estariam em fase de conclusão. As conversas se restringiram aos aliados com quem o governador eleito já havia encaminhando a acomodação, com o interesse nas estratégias eleitorais e pós-eleitorais, como é o caso do presidente do PT, João Coser. Com a vitória de Dilma Rousseff, o governador sabia que precisaria de um elo com o governo federal, que será feito pelos aliados dentro do partido.
O PDT e o PR também seguiram a mesma linha, com as acomodações de aliados fechadas com as lideranças do partido, como parece ter sido combinado com o deputado federal Jorge Silva. Neste caso, o que estaria complicando a articulação é o interesse da sigla em manter a bancada do partido na Câmara.
Hartung estaria protelando a apresentação dos nomes de seu governado porque prometeu uma equipe jovem, moderna, mas na verdade, os aliados já conhecidos de seu governo estão cotados para retornar ao Palácio Anchieta. Alguns deles, que, inclusive, permaneceram no governo de Renato Casagrande, como Paulo Ruy Carnelli e Anselmo Tozi.