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Interesses divergentes de prefeitos dificultam consórcio metropolitano

A participação dos prefeitos da Grande Vitória – Luciano Rezende (PPS), de Vitória; Geraldo Luzia (PPS), de Cariacica; Rodney Miranda (DEM), de Vila Velha e Audifax Barcelos (Rede), da Serra – no debate promovido pela Rede Gazeta, na semana passada, revela a dificuldade de tirar do papel um antigo projeto que poderia solucionar muitos problemas comuns da Grande Vitória: um consórcio entre os municípios que compõem a região metropolitana.
 
Na discussão do saneamento, o que se viu foi uma troca de acusações entre prefeitos sobre o tratamento do esgoto nos município, com um prefeito afirmando que o outro joga os dejetos em sua cidade. Sem um trabalho unificado, a solução do problema se torna praticamente impossível.
 
Em vez de trabalhar unificadamente para a construção de um serviço que atenda a todos os municípios, os prefeitos preferem cuidar do problema de forma isolada, sem conseguir resolver a situação e ainda comprometendo a vida do vizinho. 
 
Outros assuntos de interesse comum da população da Grande Vitória poderiam ser tratados de forma conjunta, como a mobilidade urbana, a coleta de lixo, a segurança, entre outros, não avançam por causa das desavenças entre os gestores: sejam no campo político ou econômico.
 
A diferença nos orçamentos municipais dos quatro principais municípios da região mostram o motivo de tanta desavença, mesmo com a redução dos valores, devido à crise econômica e a diminuição do Fundo de Desenvolvimento Portuário (Fundap), o degrau entre os municípios é grande. 
 
Para 2016, Vitória tem um orçamento de R$ 1,5 bilhão; Serra trabalha com R$ 1,2 bilhão. Em Vila Velha, o valor é de R$ 943,7 milhões e Cariacica é o lanterna com R$ 741,8 milhões. Vitória é uma cidade pequena com muitos recursos, mas sofre com o fato ser “corredor” das demais cidades, “herda” os problemas dos outros municípios.

Serra é grande e tem receitas para se manter. Já Vila Velha e Cariacica são cidades grande e populosas, mas com poucos recursos, não parecem dispostas a bancar os problemas comuns.

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