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Lideranças do PT no Espírito Santo deixam o partido em meio à crise

O secretário de Habitação e Desenvolvimento, João Coser, deixará a pasta para reassumir o comando do PT no Espírito Santo e terá uma difícil tarefa pela frente. Com a crise que arranhou a imagem do partido em nível nacional, muitas lideranças estão de malas prontas, deixando a sigla no Estado. O prefeito de Colatina, Leonardo Deptulski, é um dos nomes que está deixando o partido assim que terminar seu mandato no fim do mês.

Nos meios políticos, há comentários de que a ex-deputada estadual, Lúcia Dornellas, subsecretária de Trabalho, subordinada à Casa Civil, também deve deixar a sigla. Dentro do partido, outros nomes também começam a ser cogitados como dissidentes.

Com um viés de baixa, o partido teve um retrospecto na eleição municipal deste ano bem diferente das duas participações anteriores. Venceu em Barra de São Francisco, noroeste do Estado, com Alencar Marim, e, com o fim dos mandatos de Leonardo Deptulski, em Colatina, e de Carlos Casteglione, em Cachoeiro de Itapemirim, terá reduzida ainda mais sua capacidade de influência política.

Diferentemente de Deptulski, Casteglione continua no partido e já começa a articular seu projeto de 2018, para tentar retornar à Assembleia Legislativa. Já seu ex-aliado no município, Rodrigo Coelho, deixou a sigla ainda no início do ano e se filiou ao PDT.

A expectativa dos meios políticos é sobre como será o posicionamento do partido em relação à política local. A possibilidade de Dornellas deixar o partido e se manter na equipe do governador Paulo Hartung pode indicar um movimento no sentido de buscar afastamento do governo do Estado, uma ação que vem sendo defendida por parte das lideranças do partido desde a eleição de 2014.

Coser vai comandar o partido no período da eleição interna do PT. O grupo dele vem se mantendo à frente do partido no Estado desde 2002, sempre garantido o alinhamento à política do governador Paulo Hartung. Diante da fragilidade do PT local, porém, as lideranças também estão sendo afetadas e uma política de autoproteção pode ser mais importante no momento.

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