A formação de novos blocos na discussão sobre a sucessão de Theodorico Ferraço (DEM) na presidência da Assembleia Legislativa mostra que a discussão continua bastante aberta no plenário da Casa. Mas a novidade é a mudança do perfil do debate. Lideranças partidárias vêm reivindicando a mudança na interlocução para o âmbito dos partidos.
O presidente do PDT, Sérgio Vidigal, já deixou claro essa movimentação, dizendo que o governo e o partido devem discutir as possibilidades de nomes para comandar a Assembleia na próxima legislatura. O deputado Da Vitória, que é do partido, tem o nome sondado para disputar a sucessão de Ferraço, mas a relação nem sempre harmoniosa entre ele e Vidigal, já conhecida nos meios políticos, pode atrapalhar os planos do deputado.
Outro partido que parece estar de olho no processo é o PT, mas sua atuação é de forma indireta. A convocação do deputado Rodrigo Coelho (PT) para que outros partidos pudessem reunir e discutir a movimentação para a Mesa é o primeiro sinal claro da ingerência do PT no processo, leia-se, João Coser.
Para os meios políticos, a articulação de Rodrigo reflete a intenção do partido e, principalmente, do secretário de Desenvolvimento Urbano, João Coser, que apesar de ter deixado a presidência do PT capixaba, continua sendo a principal liderança no comando da sigla, que deve ser conduzida pelo deputado Genivaldo Lievore.
O processo de escolha do novo presidente da Assembleia deve se intensificar após a votação do Orçamento do Estado para 2015, que acontecerá na próxima semana. Por enquanto, o governador Paulo Hartung não vem atuando diretamente na discussão, nem com os blocos de deputados, nem com os pretensos candidatos e nem com os partidos.