A eleição entra em sua última semana e a expectativa do mercado político é de que o clima esquente para valer entre os candidatos ao governo e ao Senado. Isso porque a situação é indefinida nos dois campos. A uma semana para as eleições, os candidatos correm atrás dos votos dos indecisos.
Na corrida ao governo do Estado, Paulo Hartung (PMDB) tenta consolidar o clima do “já ganhou”, enquanto Renato Casagrande (PSB) quer convencer o eleitor que pode levar a disputa para o segundo turno. O peemedebista busca uma vitória no primeiro turno, mas o otimismo do início da campanha deu lugar à preocupação de um novo embate em um provável segundo turno. No último mês de campanha, Hartung chegou ao seu teto eleitoral e a preocupação com as investidas de Casagrande fez com que o peemedebista buscasse na Justiça Eleitoral a retaguarda para evitar mais desgastes na reta final. Ele tenta desesperadamente neutralizar as acusações do socialista sobre as suspeitas de corrupção no seu governo, favorecimento de familiares e a ocultação de patrimônio da Justiça Eleitoral.
Casagrande, que assumiu uma posição mais agressiva na reta final da campanha, luta contra o tempo para tirar pontos do adversário. Precisa subir cerca de quatro pontos, de acordo com a última pesquisa Brand/Século Diário, para levar a disputa para o segundo turno. Ele acredita que pode conseguir os votos de chegada com a ligação de sua imagem à de Marina Silva, presidenciável socialista que lidera a corrida ao Palácio do Planalto no Espírito Santo.
Os dois candidatos seguem nesta semana na busca dos votos dos indecisos e, sobretudo, a tendência de 15% dos votos cativos do PT. Como o candidato do partido, Roberto Carlos, não conseguiu decolar sua candidatura, esses votos estão órfãos e podem definir a eleição no primeiro turno ou levá-la para o segundo.
Na disputa ao Senado, a situação é ainda mais indefinida e se a última semana foi marcada por uma batalha judicial entre Rose de Freitas (PMDB) e João Coser (PT), esta semana promete ser ainda mais quente. Para os observadores, a briga dos dois candidatos pode acabar beneficiando o terceiro colocado Neucimar Fraga (PV), que corre por fora. Esta semana os nervos dos candidatos devem ficar a flor da pele e a temperatura da campanha, tanto para o governo como para o Senado, tem tudo para ferver.