Deputado Rafael Favatto corre o risco de ser desligado do partido por ser próximo a Casagrande
Ao anunciar a saída do Patriota nesta sexta-feira (25), o deputado estadual Marcos Madureira deixa o presidente do partido, o também deputado Rafael Favatto, ainda mais isolado, sob a ameaça de ser desligado da sigla por conta da cada vez mais provável filiação do presidente Jair Bolsonaro. Se isso ocorrer, seu candidato ao governo em 2022, o ex-deputado federal Carlos Manato, atualmente sem partido, será alçado à Presidência.
Nos bastidores, a pressão em torno de Favatto cresce na mesma proporção da filiação de Bolsonaro, que já tem um dos filhos, o senador Flávio Bolsonaro (RJ), como membro do partido. Nesse caso, aumentam as chances de Manato disputar a eleição de 2022 com o governador Renato Casagrande (PSB), de quem Favatto é aliado em 2022.
Procurado, o deputado Favatto preferiu não comentar o assunto. Nos meios políticos, no entanto, sabe-se da insatisfação do parlamentar, que é próximo ao governador Casagrande, justamente o alvo de ataques de membros do seu partido, com destaque para o deputado Capitão Assumção.
Esse é o motivo que levou Madureira a se desligar da sigla, como ele explica em nota distribuída nesta sexta-feira. “Em virtude de ser da base do governador Casagrande, com quem inclusive tive o privilégio de ser também parlamentar na década de 90, e por apoiá-lo indubitavelmente num futuro processo de reeleição, comunico na próxima semana, de forma irretratável e irrevogável, a minha desfiliação do partido Patriota, agremiação essa que ocorrera a fusão com o antigo PRP, a qual fui eleito no pleito eleitoral de 2018!”.
O deputado conclui a mensagem afirmando que, “embora já tenha sido sondado por outros três partidos políticos, irei permanecer sem qualquer filiação partidária até o presente momento, mantendo-se outrossim, conversas políticas sempre de forma livre, firme e consciente”.