Segunda, 29 Abril 2024

Magno Malta critica incentivos fiscais do governo Paulo Hartung

Magno Malta critica incentivos fiscais do governo Paulo Hartung

O senador Magno Malta (PR) criticou a política de incentivos fiscais acelerada durante o governo Paulo Hartung no Estado. A crítica foi feita no período reservado aos aparte, durante o pronunciamento do senador Mario Couto (PSDB-PA), quando o tucano defendeu uma bandeira comum com o republicano: a redução da maioridade penal. O debate aconteceu na sessão dessa quarta-feira (22) no Senado.



Malta destacou o problema da segurança no Espírito Santo, afirmando que o Estado é o segundo mais violento do País. “Mas também é o Estado dos incentivos. Precisa ser um Estado incentivador da segurança pública, incentivador dos mais simples, dos mais pobres, mas é um condomínio violento, porque aquele condomínio pertence a meia dúzia de ricos que receberam incentivos”, disse o senador.



Dentro dessa polêmica, o senador destacou o episódio que ganhou projeção no Estado com a denúncia do promotor de Justiça Dilton Depes Talon Neto. A denúncia acusa o ex-governador e mais sete pessoas de seu governo de terem cometido supostas irregularidades nas obras do São José do Carmo, em Mimoso do Sul (sul do Estado). Foram gastos quase R$ 25 milhões com as obras iniciadas em 2005, mas que sequer saíram da fase de terraplanagem. O governo do Estado não definiu uma utilidade para a obra, passados mais de quatro anos da extinção do posto – por decreto também assinado por Hartung.



“São incentivos e incentivos de chegar ao ponto de o ex-governador construir um posto fiscal de R$ 25 milhões e lá não haver um grão de areia. E, quando a mídia mostrou aquilo lá, ele foi a público dizer “não, mas eu não sou ordenador de despesa”, disse o senador.



Malta também criticou essa posição do ex-governador e ironizou. “Se o governador não é ordenador de despesa, quem que é? É o vigia do palácio? Quem que é? É o motorista que é o ordenador de despesa? Então, vejam aonde nós chegamos”, disse.



Para o senador, o privilégio estabelecido pelos incentivos fiscais prejudica políticas que possam tirar o Estado da situação em que se encontra em relação à segurança pública.

“Se R$ 25 milhões desapareceram e não há posto fiscal, como fazer segurança pública? Como fazer segurança pública? Daí nós ostentarmos números horríveis, até porque é o Estado número um em violência contra a mulher! Então, essas coisas todas nós vamos somando e não dá para suportar”, disparou Malta.

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