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Manifestação na Fecomércio denuncia retrocessos dos governos estadual e federal

Bonecos de panos foram empilhados para simbolizar os mais de 60 mil mortos por Covid-19 no Brasil

Esta sexta-feira (10) é marcada pela Jornada Nacional de Lutas pelo #ForaBolsonaro e #ForaMourão. Em todos o País foram realizadas manifestações com objetivo de denunciar os retrocessos impostos pelo Governo Federal e também o descaso no combate à Covid-19. No Espírito Santo, o Fórum Capixaba em Defesa da Vida dos Trabalhadores e das Trabalhadoras organizou um ato em frente à Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio), em Santa Lúcia, Vitória.

A escolha do local, segundo o presidente estadual do Partido Socialismo e Liberdade (Psol), Antônio Gomes, foi devido ao fato de que o Governo Casagrande (PSB) tem dialogado somente com a Fecomércio. Assim, deixa-se a sociedade civil de lado, além de aumentar o número de mortos e infectados entre os trabalhadores, já que o poder público estadual flexibilizou a abertura do comércio para atender às exigências da Federação, o que impossibilita o isolamento social. 

Os manifestantes fizeram uma performance para denunciar os mais de 60 mil mortos no Brasil. Para isso, confeccionaram 66 bonecos de pano, cada um representando mil mortos. Eles foram empilhados em frente à Fecomércio. “Estamos empilhando corpos, simbolicamente, em defesa da vida e para denunciar as atitudes criminosas e genocidas dos governantes, dos banqueiros e grandes empresários”, ressalta o Fórum em nota divulgada nesta sexta-feira. 
Crédito: Sérgio Cardoso

O grupo afirma que a Jornada Nacional de Lutas tem como objetivo preservar vidas e conter a disseminação do novo coronavírus, “o que só será possível com quarentena geral e garantia de emprego e renda digna para todos”. O Fórum afirma que outro objetivo é “dar um basta na retirada de direitos, no desmatamento, nos ataques à cultura, à saúde, à educação, aos povos originários e quilombolas, à juventude negra e pobre e às empresas estatais”, além de denunciar projetos como o da criação da Carteira de Trabalho Verde e Amarela, que, segundo o Fórum, impõe desproteção aos trabalhadores. 

Os manifestantes destacam que o governador Renato Casagrande tem discurso contrário ao de Bolsonaro (sem partido), mas as práticas são as mesmas, já que foi feita a reabertura de setores não essenciais. “Resultado desta atitude irresponsável e criminosa: o número de mortos e pessoas infectadas aumenta de forma absurda. E para isentar-se de suas responsabilidades, cobra a adesão individual ao isolamento”, criticam no documento.

Ainda segundo o Fórum, especialistas afirmam que “os pontos de ônibus e o transporte coletivo são os locais de maior concentração do vírus”, e acrescenta: “o próprio inquérito realizado pela Secretaria de Saúde do Estado demonstra que os passageiros e passageiras que dependem dos ônibus têm um nível de contaminação elevado. Exatamente o transporte coletivo que é utilizado pela grande maioria dos trabalhadores e trabalhadoras para sua locomoção diária”.

Também foram denunciadas a subnotificação de dados sobre violência contra a mulher durante a pandemia e a violência policial, além de reivindicado que o Governo do Estado receba os representantes dos trabalhadores “para que possamos discutir de forma democrática e coletiva os rumos do nosso Estado durante e após a pandemia”.

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