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Marcelo Santos não deve ter dificuldade para quinto mandato na Assembleia

O deputado estadual Marcelo Santos (PMDB) perdeu a segunda disputa consecutiva contra Juninho (PPS) pela prefeitura de Cariacica. Ele, porém, tem capital político para disputar com folga a eleição para a Assembleia Legislativa em 2018. Marcelo Santos está no quarto mandato de deputado estadual e deve emplacar o quinto.

O deputado se reuniu com o governador Paulo Hartung (PMDB) nessa terça-feira (1), para discutir emendas para o município. A visita de Marcelo aconteceu antes da do prefeito reeleito, o que mostra a intenção do governador em apoiar seu correligionário. Na disputa em Cariacica, Hartung não escolheu um nome para apoiar no município, já que ambos fazem parte de sua base.

O capital de 82.856 votos poderia até projetar voos mais altos, como a disputa de uma cadeira de deputado federal. Mas há complicadores nessa projeção. Depois da derrota na disputa pela prefeitura de Vitória, o deputado federal Lelo Coimbra (PMDB) deve ter a prioridade para a disputa, até porque, ele preside a sigla no Estado. Outras lideranças palacianas também miram a disputa pela Câmara dos Deputados.

Além disso, Marcelo Santos concentra sua atuação na Assembleia no município de Cariacica, seja nos discursos, seja no pleito por emendas parlamentares, o que não garante uma base suficiente para a disputa federal. Uma situação que ele teria dois anos para corrigir.

Outro complicador é que no município está o ex-prefeito Helder Salomão (PT), que tem um grande capital político na cidade. Nos meios políticos, a projeções sobre Helder Salomão apontam para outras disputas, mas a princípio, o caminho é a reeleição para Câmara dos Deputados. Como não disputou a prefeitura, deve estar na disputa de 2018 e tem como principal base Cariacica, o que dificulta a movimentação de Marcelo Santos neste caminho.

Para os meios políticos, a derrapagem de Marcelo Santos na disputa eleitoral aconteceu com o episódio dos tiros que o carro dele recebeu na noite de 18 de outubro, quando voltada de uma agenda de campanha, no bairro Pedro Fontes. A conotação de atentado dada por Marcelo Santos na ocasião, em vez de tratar o assunto como mero assalto, teria sido negativa em uma disputa polarizada. O eleitor teria visto na repercussão do episódio uma tentativa de jogar na conta de Juninho o ocorrido.

Este teria sido o único fator estranho na eleição e que explicaria a virada na disputa. Marcelo terminou o primeiro turno em primeiro, com 71.590 votos contra 59.816 de Juninho. Ele liderava a corrida eleitoral e vinha administrando bem a vantagem. Um ponto alto de sua campanha era a participação do deputado estadual e candidato a prefeito de Vitória, Amaro Neto (SD).

A taxa de transferência de votos dele era grande, mas como teve de se dedicar à campanha na Capital, acabou ficando ausente no segundo turno de Cariacica, embora a imagem de Marcelo ao seu lado fosse forte com os eleitores e assustou os integrantes do palanque de Juninho. Mas no final das contas, o prefeito se reelegeu com 91.631 votos contra 82.856 do peemedebista.

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