O ex-vereador de Jaguaré, norte do Estado, Marcos Guerra (PDT), vai lançar a pré-candidatura a prefeito da cidade nesta sexta-feira (27) na Câmara municipal. Ele quer se apresentar para a disputa como uma novidade na desgastada política do município, mas uma novidade com experiência política.
Vereador de 2001 a 2004; e secretário de Finanças na gestão Sávio Martins, entre 2010 e 2012, Guerra conhece a máquina, mas nunca foi prefeito. Ele entende que a cidade precisa de uma nova visão de comando, mas essa mudança precisa ter também capacidade e conhecimento do serviço público.
Essa visão contrapõe as outras duas linhas de campanha esperadas para o pleito deste ano na cidade. De um lado está o prefeito Rogério Feitane (PMN), que apostará na continuidade para o processo eleitoral. Do outro, o produtor rural Mauro Fabres (PSDB), que não teve até aqui nenhuma experiência na vida política.
Na cidade, a impressão é que o prefeito Feitane, como a maioria dos atuais gestores públicos, enfrenta o desgaste político por não ter conseguido cumprir as promessas de campanha. A conjuntura econômica do Estado, sobretudo na região norte, contribui para esse desgaste. A expectativa é de que a produção do café tenha uma queda de ao menos 50% e a cidade não tem outra fonte de geração de renda, a não ser a prefeitura, que também emprega um grande contingente da população.
O novo pré-candidato apostará seu discurso de campanha na diversificação da economia local com a atração de novas empresas para fomentar o polo industrial da cidade, que tem até lugar para funcionar, na região de Barra Seca, mas que até hoje não conseguiu sair do papel. Para isso, ele entende será necessário também buscar diálogo com o governo do Estado e com o governo federal.
O que vem chamando a atenção no cenário de Jaguaré é a ausência das duas principais lideranças políticas do município no processo eleitoral deste ano. Os ex-prefeitos Sávio Martins e Evilázio Altoé não disputam a eleição, mas devem tentar emprestar seus prestígios políticos a aliados. Como já passaram pela prefeitura, essa influência pode também não ser positiva, dependendo da conjuntura política até o início da campanha.