O deputado Max Filho (PSDB) não mandou recado na sessão desta quinta-feira (22) da Câmara dos Deputados. Ele fez um duro pronunciamento contra o presidente da Casa Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se dirigindo diretamente ao peemedebista.
O deputado respondeu a outro parlamentar, Glauber Braga (PSol-RJ), que afirmou que o tucano havia sido enquadrado pelo PSDB depois que ele assinou a representação que pede a instauração de um processo de ética contra Cunha na Câmara. A provocação foi durante a votação da medida provisória que modifica a gestão do fundo do seguro rural.
Max Filho rebateu a afirmação dizendo que não foi enquadrado pelo partido e que o PSDB respeita seu posicionamento. Ele admitiu que não procurou a liderança tucana para tomar a atitude, mas isso não lhe trouxe qualquer represália no partido.
Ele ainda mandou um recado direto para Cunha. “Temos aqui no plenário opostos. Há aqueles que defendem a saída de vossa excelência da presidência, e aqueles que defendem a retirada da presidente Dilma da Presidência da República. Eu pertenço ao grupo que quer ver os dois afastados das respectivas presidências”, disparou.
E foi além ao citar o ex-presidente Juscelino Kubitschek: “Eu não tenho compromisso com o erro. Nem com vossa excelência e nem com a presidente Dilma Rousseff”, disse o deputado capixaba.
Comissionados
E o tucano não parece disposto a dar trégua ao governo federal. Ele apresentou uma emenda à Medida Provisória 696, determinando que o governo corte 30% dos cargos comissionados, os chamados cargos de confiança de livre nomeação da Presidência da República. São 22.800 cargos existentes atualmente, dos quais a emenda de Max Filho pretende cortar 6.840.