quarta-feira, abril 30, 2025
22.9 C
Vitória
quarta-feira, abril 30, 2025
quarta-feira, abril 30, 2025

Leia Também:

​MDB chega às eleições rachado e encolhido no Espírito Santo

A reeleição do prefeito de Linhares, Guerino Zanon, é uma das possibilidades do partido nestas eleições

A menos de duas semanas das eleições municipais, o MDB no Espírito Santo chega encolhido e com um racha de grandes proporções em seus quadros. Em meio à crise pelo controle da Executiva Estadual e depois da debandada de quadros com alta densidade eleitoral, o partido vive um cenário diferente das eleições de 2016, no qual conquistou 17 prefeituras, com o apoio do então governador Paulo Hartung. Neste ano, com candidatos a prefeito em 16 dos 78 municípios, o partido sinaliza para conquistar o comando em um reduzido número de municípios. 

A maior possibilidade de vitória fica em Linhares, norte do Estado, caso se confirme a tendência de reeleição do prefeito Guerino Zanon. O controle do partido no Estado, atualmente com o ex-deputado federal Lelo Coimbra, não reduziu o embate interno com grupos de oposição, que resultou na desfiliação do deputado estadual José Esmeraldo, aliado do ex-deputado federal Marcelino Fraga, que se articulou, sem obter êxito, para chegar à presidência do partido.

Desarticulado a partir das eleições de 2018, o MDB concorre como cabeça de chapa na Grande Vitória apenas em Cariacica, com Ivan Bastos, que encontra dificuldade para romper o 1% na preferência dos eleitores, segundo pesquisas da Futura/Rede Gazeta divulgadas na última sexta-feira (30) e em outubro.

Em Vitória, o partido apoia o Lorenzo Pazolini (Republicanos). O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES) indeferiu a candidatura de Fábio Louzada, do grupo do ex-deputado federal Marcelino Fraga, oposição ao presidente da Executiva estadual, Lelo Coimbra. Louzada registrou a candidatura sem ter passado pela convenção do MDB, mesmo motivo da suspensão da candidatura do delegado federal Márcio Greik, na Serra, levando o partido a aliar-se a Vandinho Leite (PSDB).

Já em Vila Velha, depois que o deputado estadual Dr. Hércules desistiu de concorrer, o MDB aliou-se a Neucimar Fraga, do PSD, que disputa com o atual prefeito, Max Filho (PSDB), disparado na frente quando a pesquisa Futura/Folha Vitória perguntou em quem o eleitor votaria no segundo turno: Max marcou 41% contra 24,5% de Neucimar.

No restante do Estado, o MDB concorre às prefeituras com os seguintes nomes: Afonso Cláudio, Edélio Francisco Guedes (reeleição); Apiacá, Sebastião Carlos Pedrosa; Castelo, Luiz Carlos Piase; Ibiraçu, José Herval Pignaton; Irupi, Edmilson Meireles de Oliveira (reeleição); Itaguaçu, Mario João Baldolto Sarnaglia; Laranja da Terra, Josafa Storch (reeleição); Mantenópolis, Hermínio Benjamin Espanhol; Mucurici, Atanael Passos Wagmacker; Rio Bananal, Edmilson Elisiario; São Gabriel da Palha, Evandro Cassaro; Vargem Alta, Elieser Rabelo; e Viana, Wylis Antonio Lyra.

O partido tem ainda disputando como vice-prefeito em Alto Rio Novo, Manoel Maforte Hote; Anchieta, Carlos Mulinari de Souza; Apiacá, Antônio Vizula; Baixo Guandu, Patrick Favarato Perutti; Boa Esperança, Josemar Xavier da Silva; Brejetuba, Luiz Alberto Zavarize; Cariacica, Benizio Lazaro; Castelo, Luis Antonio Travaglia; Colatina, Arlindo Soares; Iúna, Claudio Deps Almeida; Laranja da Terra, Florivaldo Kester; e Jocimar José Lodi, em São Gabriel da Palha.

O quadro atual não é favorável ao MDB, situação que começou a ser observada desde 2016, época em que o então governador Paulo Hartung era um dos integrantes e cuja influência permaneceu mesmo depois que ele deixou o partido em 2017, um ano depois do impeachment que destituiu a presidente Dilma Rousseff (PT).

O reflexo das mudanças em âmbito nacional foi sentido no Estado, com divisões de aliados históricos, que se acomodaram em diferentes movimentos de apoio ao governo de Michel Temer ou na formação de outros grupos políticos.

Mais Lidas