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Movimentações de Audifax apontam ocupação de espaço político na Serra

As articulações políticas do prefeito da Serra, Audifax Barcelos (Rede), que apontam para uma disputa entre os aliados Bruno Lamas (PSB) e o vereador Guto Lorenzoni (PP) ??? de saída para a Rede ???, aproveitam a chance de tentar minar a competitividade do principal adversário político do prefeito no município, o deputado federal e ex-prefeito Sérgio Vidigal (PDT).
 
?? frente da prefeitura, Audifax estuda as possibilidades entre os aliados para preparar seu sucessor na disputa de 2020, como apontou a coluna Praça Oito, de A Gazeta, desse domingo (16). Nos próximos anos, a ideia seria fortalecer este sucessor para evitar uma retomada da prefeitura pelo grupo de Vidigal, uma polarização que dura mais de duas décadas na cidade e que não fica circunscrita à disputa municipal.
 
Em 2010, Audifax foi o deputado federal mais bem votado na eleição daquele ano (161 mil votos). Em segundo lugar, veio a pedetista Sueli Vidigal (141 mil votos), mulher do então prefeito Sérgio Vidigal. O PDT elegeu ainda mais dois deputados: Carlos Manato e Jorge Silva.  
 
Ainda na disputa de 2014, um detalha chama atenção: a maior votação de Audifax foi em Vitória e não na Serra. Em 2014, Vidigal foi o mais bem votado e sua votação maior foi no município. Tanto que o pedetista era tido como o franco favorito na eleição de prefeito no ano passado, mas não suplantou Audifax na disputa no segundo turno.
 
Em 2020 Audifax não poderá disputar mais um mandato e terá que apresentar um nome como sucessor. Como a vice de Audifax é Márcia Lamas, mãe do deputado Bruno Lamas (ambos do PSB), acreditou-se que o prefeito poderia apoiar um dos dois para a disputa.
 
Mas o prefeito, que precisa fortalecer seu partido, procura um nome da Rede para a empreitada. Tentou trazer Bruno, mas como ele não respondeu de pronto, procurou Guto Lorenzoni, que aceitou. Marcia e Bruno tiveram o apoio de Audifax em 2016, mas a parceria é circunstancial. O próprio prefeito deixou o PSB para se filiar à Rede. Independentemente do partido, nem Guto, nem Bruno teriam o tamanho suficiente para disputar votos para federal no município. Precisariam antes ter suas imagens trabalhadas nos próximos anos para ganharem capilaridade.
 
No grupo de Vidigal, após a segunda derrota consecutiva contra Audifax na disputa à prefeitura, há quem acredite que o pedetista pode não encarar uma nova tentativa, apoiando também um aliado. Um nome que se fortalece neste contexto é o do secretário de Ciência e Tecnologia do Estado, Vandinho Leite (PSDB), que disputou a vice na chapa de Vidigal no ano passado.
 
Um elemento importante nessa articulação para a sucessão na Serra é o processo eleitoral de 2018, em que essas lideranças poderão ser testadas na disputa à Câmara dos Deputados. Bruno Lamas e Vandinho Leite já têm um histórico de rusgas, oriundas da eleição de 2014.
 
Vandinho, que há época disputou a eleição pelo PSB, acusa Bruno de ter feito campanha casada com o deputado Paulo Foletto na eleição, o que teria esvaziado seus votos na Serra. A nova disputa pode colocar os dois em um novo embate direto, deixando Guto correr por fora sem ser incomodado.  Uma certeza dos meios políticos é de que, independentemente de quem venha capitanear os palanques eleitorais de 2020 na Serra, o nome deve ser de absoluta confiança das duas lideranças que polarizam o debate no município e cultivam muito bem seu capital no município.

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