O Ministério Público eleitoral (MPES) quer a casacão do diploma eleitoral de dois socialistas eleitos no último 5 de outubro: o deputado federal reeleito Paulo Foletto e o deputado estadual eleito Bruno Lamas. Também foi denunciado pela Procuradoria Regional Eleitoral no Espírito Santo (PRE/ES) o ex-diretor-geral do Detran, Carlos Augusto Lopes.
Segundo a denúncia, o ex-diretor do Detran promoveu uma reunião no dia 28 de agosto de 2014, no auditório da Emescam, em Vitória, com servidores efetivos e comissionados do órgão, para anunciar seus candidatos a deputado federal e estadual, Paulo Foletto e Bruno Lamas, respectivamente.
No encontro, que contou com a participação dos socialistas, de acordo com a denúncia, Lopes teria pedido votos para os candidatos do PSB, e ainda cobrado dos servidores envolvimento na campanha deles. O Ministério Público Eleitoral acrescentou na denúncia, uma gravação que seria de Lopes fazendo a convocação dos servidores: “Vocês serão convidados para reuniões, eventos e atividades que acontecerão (…) eu gostaria de contar com a presença de vocês e os demais servidores, sobretudo os comissionados (…). Para haver a falta [das atividades da campanha], precisa que elas sejam justificadas por mim. Ok? Fui claro?”.
O MPE entende que houve por parte do ex-diretor do Detran ameaças de forma velada, sobretudo com relação aos funcionários comissionados, com o fim de obter votos para os candidatos Paulo Foletto e Bruno Lamas. Em depoimento ao Ministério Público, Lopes teria admitido que o evento realizado foi de cunho político, mas destacou que a reunião ocorreu fora do horário e do local de trabalho.
Além de ameaça de perda de emprego para que não participasse dos eventos de campanha, o MPE entendeu que houve conduta vedada e compra de votos por parte dos envolvidos.
