O governador Paulo Hartung promoveu, na manhã desta quinta-feira (8) a primeira reunião com o novo secretariado desde o início da gestão. Durante o encontro no realizado no Palácio Anchieta, Hartung e o vice-governador, César Colnago (PSDB) reforçaram o pedido de contenção de gastos, que deve marcar as primeiras ações do governo. O chefe do Executivo estadual anunciou que vai fazer uma série de visitas aos diferentes órgãos e autarquias da administração pública estadual, medida pouco vista em seus primeiros oito anos de governo.
De acordo com informações da assessoria do governo, o peemedebista afirmou que, além de reuniões com o secretariado, serão realizados encontros específicos por áreas do governo. “Não há folga orçamentária e nem uma reserva técnica adequada, estamos em um período alarmante de redução do custo da máquina pública”, afirmou o governador, que repete o tom de cautela adotado pelos demais governadores do País em função do cenário econômico desfavorável em 2015.
Sobre o encontro com o secretariado, que tomou posse na última semana, o peemedebista afirmou que foi definida a metodologia de trabalho nas pastas. “Essa reunião é uma importante oportunidade e instrumento de gestão para iniciarmos um diagnóstico técnico da atual situação financeira e estrutural do governo, além de compartilhar com os demais membros da equipe nossas práticas e metodologias de trabalho”, explicou Hartung.
Neste primeiro momento, os secretários devem fazer um raio-x da realidade encontrada nas pastas. A previsão é de que o governo só passe a funcionar, de fato, após as conclusões extraídas do seminário de planejamento estratégico, que deve ser realizado em março. Até o fim do ano, o governador pretende economizar cerca de R$ 200 milhões.
Entre as providências anunciadas pelo novo governo estão a suspensão da assinatura de novos contratos de consultoria, interrupção na locação de móveis e veículos; proibição da celebração de aditivos em obras e serviços de engenharia; suspensão de licitações para obras e parcerias público-privado (PPPs); vedação à participação de servidores em eventos; paralisação da elaboração de novos planos de cargos e salários no funcionalismo público; e a suspensão de solenidade, incluindo a contratação de serviços de coffee break.
Também foram afetadas pelas medidas de austeridade da nova gestão, a proibição da realização de concursos públicos durante o ano de 2015. Com exceção da realização de novas licitações, cujo prazo inicial de suspensão é de 60 dias, as outras medidas não têm prazo de validade. Além disso, o governo também determinou aos titulares de cada pasta a reduzir, no mínimo, 20% no quadro de servidores comissionados, em designação temporária (DTs), bem como nas despesas com passagens aéreas, combustíveis e gastos com telefonia.
