Em meio a uma antecipada e intensa movimentação dos vereadores de Vitória com o objetivo de pressionar o prefeito Luciano Rezende (PPS), o presidente eleito da Câmara, Namy Chequer (PCdoB), tem a missão de conciliar os interesses políticos dos vereadores e manter a harmonia com o executivo municipal durante o período eleitoral.
Namy foi eleito em junho passado o novo presidente da Casa e assume o cargo no próximo dia 1 de janeiro. Em entrevista a Século Diário, que vai ao ar neste sábado (13), ele disse entender o papel estratégico que o legislativo terá neste processo eleitoral, que já foi deflagrado. Afirma, porém, que seu perfil político o credencia a manter a harmonização na Casa, sem que se estanque o processo de negociação política.
O vereador acredita que além das demandas dos vereadores, há no movimento da Casa um entendimento de que os seus pares serão protagonistas no processo político, porque a eleição de Vitória em 2016, em que os 15 vereadores estarão concorrendo à reeleição, terá uma importância fundamental para o processo político de 2018 também.
Como a Casa é formada por uma boa quantidade de dirigentes partidários, a expectativa é de que os vereadores negociem suas acomodações políticas para o início da discussão eleitoral. Mas alerta que é preciso repensar os posicionamentos, pois a configuração política do Estado mudou após a eleição de outubro passado.
Como espera uma disputa muito acirrada para a disputa eleitoral, e certamente de dois turnos, o comunista acredita que as forças políticas que compõem a Câmara de Vitória já estão se movimentando, o que pode concentrar o apoio em algum palanque ou diluir os apoios, o que diminuirá o tempo de TV dos candidatos, levando a campanha para a rua.
Na entrevista, Namy fala também sobre a importância histórica da Câmara de Vitória, a mais antiga instituição do Estado, e do poder hipertrofiado do plenário, que com apenas 15 vereadores, se torna mais forte politicamente. Em meio aos mais diversos interesses, o presidente explica como vai transitar no período eleitoral na Casa, para evitar que as disputas atrapalhem a dinâmica da cidade.
